Cauby Peixoto morre aos 85 anos

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O cantor Cauby Peixoto morreu na noite deste domingo, 15, por volta das 23h50, em São Paulo. O artista, que tinha 85 anos, estava internado no hospital Sancta Maggiore, no Itaim Bibi, e a informação foi confirmada por sua assessoria de imprensa. “É verdade, infelizmente. Em breve, soltaremos um comunicado oficial com todas as informações”, disse o responsável.

Segundo a assessoria de imprensa do hospital, a morte do cantor foi causada por complicações por conta de um quadro de pneumonia. Ele estava no centro médico desde o último dia 9. O velório de Cauby será realizado no salão nobre da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo a partir das 9h.

Na página oficial de Cauby no Facebook, foi colocado um comunicado sobre a morte do músico: “Com muita dor e pesar informamos aos amigos e fãs que nosso ídolo Cauby Peixoto acaba de falecer as 23:50 do dia 15 de maio. Foi em paz e nos deixa com eterna saudades. Pra sempre Cauby!”.

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Cauby Peixoto – Eternamente – Show Completo – HD – Oficial

Carreira

caulbiCauby iniciou sua carreira artística no final da década de 1940, Estudou em um Colégio de Padres Salesianos em Niterói, onde chegou a cantar no coro da escola e também no coro da igreja que frequentava. Cauby trabalhou em um comércio até resolver participar de programas de calouros no rádio, no final da década de 40, no Rio de Janeiro

 

Sua voz era caracterizada pelo timbre grave e aveludado, mas principalmente pelo estilo próprio de cantar, que incluía extravagância e penteados excêntricos. Proveniente de uma família de músicos, o pai (conhecido como Cadete) tocava violão, a mãe bandolim, os irmãos eram instrumentistas as irmãs cantoras e o tio pianista. Sobrinho do músico Nonô, pianista que popularizou o samba naquele instrumento, Cauby também era primo do cantor Ciro Monteiro.

Cauby gravou seu primeiro álbum em 1951, que foi chamado de “Saia Branca”, na época, por não ser muito famoso, teve pouca repercussão.

 

Um dia de 1952, Cauby através de Moacyr, conheceu Di’Veras, qual era um empresario famoso na época e era conhecido por suas grandes estratégias de marketing, ele levou Cauby á São Paulo, especificamente na rua da Rádio Nacional (SP), sem acompanhamento instrumental algum. Di’Veras começou a trabalhar na estética de Cauby, Di’Veras exigiu que Cauby se vestisse bem, pois por ser de família humilde não era acostumado, mas perante os cantores da época, era uma obrigação ser elegante, a mudança encima de Cauby se tornaria constante, Cauby não deixou de gravar discos durante as mudanças, e com o passar dos anos, em 1955 Cauby lançou seu primeiro sucesso no Brasil, Blue Gardênia, em uma versão que trouxe dos EUA em Português, na época era um sucesso na voz de Nat King Cole, ídolo de Cauby. Di’Veras trabalhou com Cauby até 1958, quando Cauby atingiu o 5º lugar nos álbuns mais tocado nos EUA.

 

 

Cauby Peixoto na viagem inaugural do avião de modelo “Super Constellation G” da Varig, 02 de agosto de 1955. No voo estavam abordo grandes personalidades e artistas, a viagem foi marcante para a história da aviação, pois era esperado 72hrs, e a viagem foi completada com o novo modelo em 20hrs.

 

Cauby Peixoto rasgado por fãs depois de um show, em 1957. O assédio se tornou constante após o ano de 1955.

Cauby foi convidado para uma excursão aos EUA pelo Cardinal Spellman, em 1955. Durante a viagem no navio, Cauby cantou musicas religiosas. Já nos EUA, com nome artístico de Ron Coby, gravou alguns LP’s com a orquestra de Paul Weston, cantando em inglês, Cauby entre 1955 á 1958 ficou indo e voltando dos Estados Unidos.

 

Citado nas revistas Time and Life como: O Elvis Presley brasileiro. Em 1956 ele apareceu no filme Com Água na Boca cantando seu grande sucesso, Conceição.

 

Em 1957, Cauby foi o primeiro cantor brasileiro a gravar uma canção de rock em português, a canção Rock and Roll em Copacabana foi composta por Miguel Gustavo, também autor da marchinha “Pra Frente, Brasil”.[3]

 

O cantor foi acompanhado pelo grupo The Snakes, formado por Arlênio, Erasmo Carlos, Edson Trindade e José Roberto (o “China”), no filme “Minha Sogra é da Policia” (1958), o grupo acompanha Cauby na canção That’s Rock, composta por Carlos Imperial. Cauby ainda gravaria a canção “Enrolando o Rock” da banda Betinho & Seu Conjunto, após esse rápida passagem pelo gênero, o cantor não voltaria mais a gravar canções de rock, mas essa escolha não interferiu em sua carreira. Cauby nos EUA cantou com Bing Crosby a canção “Bahia”, em 1955. Carmen Miranda, em 1955, em sua casa em Beverly Hills. Cauby no mesmo ano cantou com Louis Armstrong. Em 1957, quando fez uma visita á Capitol Records, encontrou Frank Sinatra, e teve a oportunidade de cantar e inclusive foi admirado pelo grande nome do Jazz. Cantou com seu ídolo de infância, Nat King Cole em 1958 (ídolo qual dedicou um disco, em 2015). Em 1959, com a maravilhosa Marlene Dietrich. Em 1979, com Elis Regina, com quem gravou “O Bolero de Satã”.

 

Em 1959, retornou aos EUA para uma temporada de 14 meses, durante os quais realizou espetáculos, aparições na televisão e gravou, em inglês, Maracangalha (Dorival Caymmi), que recebeu o título de I Go (Musica qual levou Cauby á atingir o 5º lugar de disco mais tocado nos EUA em 1958, gravado em um disco compacto de 78 rpm da Epic Records). Numa terceira visita aos EUA, algum tempo depois que participou do filme Jamboreé, da Warner Brothers. Durante toda a década de 1960, limitou-se a apresentações em boates e clubes. Pois de volta ao Brasil, comprou, em sociedade com os irmãos, a boate carioca Drink, passando a se dedicar mais a administração da casa e interrompendo, assim, suas apresentações.

 

A partir da década de 1970, apresentou-se com frequência em programas de televisão no Rio de Janeiro, e pequenas temporadas em casas noturnas do Rio e de São Paulo. Em 1979 o roteiro profissional incluiu Vitória (ES) e Recife (PE), no Projeto Pixinguinha da Funarte, ao lado de Zezé Gonzaga.

 

Em 1980, em comemoração aos 25 anos de carreira, lançou pela Som Livre o álbum Cauby, Cauby, com composições escritas especialmente para ele por Caetano Veloso (Cauby, Cauby), Chico Buarque (Bastidores), Tom Jobim (Oficina), Roberto Carlos e Erasmo Carlos (Brigas de amor) e outros. Bastidores, particularmente, se converteria em um dos maiores sucessos do repertório do cantor. No mesmo ano, apresentou-se nos espetáculos Bastidores (Funarte, Rio de Janeiro) e Cauby, Cauby, os bons tempos voltaram, na boate Flag (SP).

 

Em 1982 uma temporada no 150 Night Club (SP), com os irmãos Moacyr (pianista) e Araken (pistonista) e lançou o LP Ângela e Cauby, o primeiro encontro dos dois cantores em disco, com sucessos como Começaria tudo outra vez (Gonzaguinha), Contigo aprendi (Armando Manzanero), Recuerdos de Ipacaray (Z. de Mirkin e Demétrio Ortiz) e a valsa Boa-noite, amor (José Maria de Abreu e Francisco Matoso). Apenas em 1985, participaria com a banda Tokyo – do cantor Supla – num rock-bolero chamado “Romântica”, composto pelos integrantes do grupo paulista.

 

Em 1989, os 35 anos de carreira foram comemorados no bar e restaurante A Baiuca (São Paulo), ao lado dos irmãos Moacyr, Arakén, Yracema e Andyara (vozes). No mesmo ano, a RGE relançou o “LP Quando os Peixotos se encontram”, de 1957. Em 1993 foi o grande homenageado, ao lado de Ângela Maria, no Prêmio Sharp. Foi lançada pela Columbia caixa com 2 CDs abrangendo as gravações de 1953 a 1959, com sucessos como Conceição entre outros.

 

Morreu na noite de 15 de maio de 2016 em São Paulo, após dar entrada no hospital Sancta Maggiore.[2] O cantor era torcedor fanático do Corinthians

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