Carequinha
Iniciou a vida artística aos cinco anos de idade, no Circo Peruano, em sua cidade natal. Em 1938 estreou como cantor na Rádio Mayrink Veiga no Rio de Janeiro, no programa “Picolino”, de Barbosa Jr.
Em 1950 passou a trabalhar na recém inaugurada TV Tupi, formando uma dupla de palhaços com Fred, nome artístico utilizado por Fred Vilar, no programa “Circo do Carequinha”, tornado-se pioneiro do circo na televisão brasileira e de programas infantis ao vivo na TV. O programa permaneceu 16 anos no ar.
Em 1957 realizou sua primeira gravação, as marchas “Fanzoca do rádio”, de Miguel Gustavo, que se tornou a marcha mais popular do ano seguinte, e “O preço da gripe”, de Miguel Gustavo e Altamiro Carrilho. No mesmo ano, gravou aquele que seria seu maior sucesso, a valsa “Alma de palhaço”, de sua autoria e de Fred. Em 1958 gravou, de Altamiro Carrilho, a valsa “Saudade de Papai Noel”. No mesmo ano, gravou de Altamiro Carrilho, Miguel Gustavo e Carrapicho, a marcha “As brabuletas de Brasília” e de Miguel Gustavo, a batucada “Dá um jeito, Nonô”.
Em 1959 gravou a marcha “Parabéns! Parabéns!”, de Altamiro Carrilho e Irani de Oliveira, que se tornou um verdadeiro hino dos aniversários infantis; a valsa “Missa do galo” dele e Mirabeau e a marcha “Carnaval do J. K.”, de motivo popular, com arranjo de Altamiro Carrilho e Miguel Gustavo, entre outras.
Em 1960 gravou, de Altamiro Carrilho e Irani de Oliveira, o fox “O bom menino”, que além de ser um de seus maiores sucessos, tornou-se também um clássico do cancioneiro infantil. No mesmo ano, gravou em parceria com Mirabeau e Jorge Gonçalves, a marcha “Canção das mães”.
Em 1961 gravou a valsa “Canção da criança”, de Francisco Alves e René Bittencourt, que se tornou outro de seus sucessos. No mesmo ano lançou com enorme sucesso o LP “Carequinha no Parque Shangai”, com produção de Getúlio Macedo, e com músicas do próprio Getúlio e Hamilton Sbarra, tais como: “Roda gigante”, “Trem fantasma”, “Carroussel”, “Bicho da seda”, “Auto-pista” e “montanha-russa”. Em 1962 gravou, entre outras composições, “Twist do cachorrinho”, de Nazareth de Paula e Joluz, e “Chicotinho queimado”, dele e Almeidinha.
Em 1963, gravou as marchas “Bloco do Carequinha”, de Vicente Amar e Almeidinha e “É… Bebé ?” de Antônio Almeida. Em 1964 gravou as marchas “Vaca malhada”, de Brazinha e Vicente Amar e “Joaquim, cadê sua meia?” de José Saccomani, Valdemar e Castrinho. Gravou, entre outros, os LPs “Amiguinho das crianças”, “Baile do Carequinha” e “Carequinha”, todos pela Copacabana.
Nos anos 1980, apresentou por quasse três anos um programa infantil na TV Manchete, que saiu o ar, sendo substituído pelo programa da Xuxa, que iniciava a sua trajetória artística.
Em 2001, destacou-se no programa Escolinha do Professor Raimundo, na TV Globo, com a música “Ai,ai,ai carrapato não tem pai”.
Considerado um dos mais importantes palhaços de circo do Brasil, comemorou o aniversário de 87 anos em 2002, com uma apresentação no Teatro João Caetano. Em dezembro do mesmo ano, em entrevista a Bóris Casoy, na TV Record, descontraiu o jornalista, levando-o a cantar “O bom menino”.
Carequinha atravessou várias gerações como ídolo infantil. Apresentou-se para vários presidentes, como Getúlio Vargas, Jucelino Kubitschek, João Goulart, passando pelos generais do governo militar e recebendo condecoração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Em 2003, ao completar 88 anos, Carequinha foi homenageado por seresteiros em Rio Bonito, e foi recebido por 4 mil crianças na quadra da Escola de Samba Porto da Pedra, em São Gonçalo(RJ), onde mora. Demonstrando saúde e vitalidade, faz shows pelo menos 2 vezes por semana.