Dalcídio Jurandir (1909-1979) é considerado o maior romancista da Amazônia e um dos principais autores brasileiros do século 20. Porém, suas obras são artigos de luxo, peças raríssimas escondidas pelos sebos do país. A editora Pará.grafo, do Pará, está reeditando os títulos do autor, e para isso conta com a ajuda de leitores.
Com uma campanha no Catarse a editora quer arrecadar recursos para reeditar os livros “Três Casas e um Rio” e “Os Habitantes”. Ambos os títulos estão há décadas sem novas edições há décadas. A campanha fica no ar entre até dia 31.
Os livros integram o chamado Ciclo do Extremo Norte, conjunto de dez obras do autor que narram o cotidiano do norte do Brasil. Três Casas e um Rio foi lançado em 1958, com capa de Cândido Portinari, e teve outras duas edições, sendo a última em 1994. É o terceiro livro do chamado Ciclo. Esta quarta edição será lançada em comemoração aos 60 anos da primeira.
Nos livros do Ciclo, através da saga do menino Alfredo, o autor, com intensidade narrativa, descreve o horizonte amazônico a partir do contexto humano e geográfico com a riqueza de suas imagens, suas expressões linguísticas típicas, a cultura e, até mesmo, as concepções sociopolíticas. Retrata com plasticidade a existência humilde de personagens que são pequenos proprietários de terra, barqueiros, ribeirinhos, pescadores, vaqueiros, enfim, a matéria humana a que Dalcídio chamava a sua “criaturada do Marajó”.
O autor nasceu em Ponta de Pedras, Ilha do Marajó, e morreu no Rio de Janeiro. Escreveu onze romances, dos quais dez formam o Ciclo do Extremo-Norte. Recebeu com eles o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra, em 1972. Suas obras foram publicadas em Portugal e na Rússia. Colaborou como jornalista e cronista em diversos jornais e revistas regionais e nacionais.
Para colaborar, asse o site da campanha aqui.
Do Portal Vermelho
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