Cais do Valongo é declarado Patrimônio Mundial da Humanidade

do Valongo

O Sítio Arqueológico do Valongo, no Rio de Janeiro (RJ), foi declarado Patrimônio Mundial da Humanidade neste domingo (9) pelo Comitê do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

O Cais do Valongo, localizado na Praça Jornal do Comércio, é símbolo da dor de milhares de negros escravizados trazidos para o Brasil por mais de 300 anos.

Em 20 de novembro de 2013, data em que se celebra o Dia da Consciência Negra, o Cais do Valongo foi declarado Patrimônio Cultural da cidade do Rio de Janeiro, por meio do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH).

No mesmo período, representantes da Unesco passaram a considerar o sítio arqueológico como parte da Rota dos Escravos, sendo o primeiro lugar no mundo a receber esse tipo de reconhecimento. Ambos eventos reforçaram a candidatura do Cais do Valongo a Patrimônio da Humanidade.

Descoberta

Em 2011, durante as escavações realizadas como parte das obras de revitalização da Zona Portuária do Rio de Janeiro, no período que antecedeu os Jogos Olímpicos de 2016, foram descobertos dois ancoradouros, Valongo e Imperatriz, contendo uma quantidade enorme de amuletos, anéis, pulseiras, jogo de búzios e objetos de culto provenientes do Congo, de Angola e de Moçambique.

“O Sítio Arqueológico do Valongo integra agora um singular conjunto de bens tombados exclusivamente nesse preceito, entre os quais está Auschwitz, uma rede de campos de concentração no sul da Polônia, e Hiroshima, cidade japonesa vítima de bombardeio atômico na Segunda Guerra Mundial”, explicou.

A presidente do Iphan, Kátia Bogéa, ressaltou que “no contexto da escravidão, o Rio traz consigo o triste título de maior porto escravagista da história. No entanto, apesar disso, apresenta-se igualmente como local onde a contribuição trazida pelos africanos encontra uma das maiores expressões, matizadas pela mestiçagem inerente ao ser brasileiro”.

Fonte: Ministério da Cultura

Compartilhar:

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*