Brasil Cultura é História – Queremismo, 1945/2005

 

 

Populares manifestavam-se em apoio à permanência de Getúlio Vargas na presidência.

 

 

Luta pela redemocratização e renúncia de Vargas 

 

Desde 1942, com as pressões internas e externas para a entrada do Brasil na guerra contra o nazifascismo, o regime estadonovista passou a apresentar sinais de enfraquecimento, tornados mais agudos com a deflagração de movimentos civis em prol da redemocratização do país. O período compreendido entre os anos de 1943 e 1945 foi decisivo: em outubro de 1943, foi lançado o “manifesto dos mineiros”, em que diversas personalidades públicas daquele estado defendiam o retorno aos ideais republicanos de 1889 e 1930 e a restauração da democracia; em dezembro, uma passeata de estudantes de São Paulo, organizada em torno de reivindicações semelhantes, foi duramente reprimida, com um saldo considerável de mortos e feridos; em 1944, foi articulada a União Democrática Nacional (UDN), agremiação liberal de oposição ao regime, e, em janeiro de 1945, durante a realização do I Congresso Brasileiro de Escritores, houve uma forte manifestação dos intelectuais pela realização de eleições diretas para a presidência da República. Pressionado por tais eventos, Getúlio Vargas confirmou a realização de eleições, assinando, em seguida, a anistia aos presos políticos. Contudo, em junho de 1945, teve início o movimento “queremista”, que, com o apoio dos comunistas, pregava a convocação de uma Assembléia Constituinte com a permanência de Vargas na presidência. em 29/10/1945 os militares depuseram o governo, declarando José Linhares, presidente do Supremo Tribunal Federal, o novo chefe do Executivo Federal. Caberia a ele a transferência do cargo ao vencedor das eleições realizadas no dia 2/12/1945.

 

Bibliografia 

SILVA, Hélio. 

1945: porque depuseram Vargas.

Compartilhar: