Bahia e MinC

 

 

 

 

 

O governo do estado e o Ministério da Cultura (Minc) firmaram convênio ontem para a implantação de 150 novos pontos de cultura na Bahia – um investimento de R$27 milhões até 2010. Os pontos de cultura são entidades da sociedade civil que, selecionadas por editais públicos, tornam-se responsáveis por articular e impulsionar ações culturais em suas comunidades. O estado já conta hoje com 59 pontos culturais, distribuídos em Salvador (38) e municípios do interior (21). Outra parceria entre o governo e o Minc garantirá investimentos de R$1,5 milhão no projeto de revitalização da Feira de São Joaquim.

 

A solenidade de assinatura do convênio aconteceu no Palácio da Aclamação (Campo Grande) e contou com a presença do ministro da Cultura, Gilberto Gil, do governador Jaques Wagner, do prefeito João Henrique, além do secretário executivo do Ministério da Cultura (Minc), Juca Ferreira. Eles foram recepcionados com a apresentação do Terno de Reis Rosa Menina, de Pernambués, fundado há 43 anos.

 

Representantes de organizações não-governamentais (ONGs), como o mestre do projeto Grãos de Luz e Griô, também estiveram presentes e revelaram a satisfação com a ampliação dos pontos de cultura. Entre os pontos existentes em Salvador estão também a Fundação Pierre Verger e o Centro de Referência da Infância e Adolescência (Cria).

 

 

“Nós mobilizamos o saber da tradição oral e trabalhamos esse saber no currículo das escolas públicas”, afirma Marcio Caires, coordenador e educador do Grãos de Luz, um dos pontos de cultura já existentes no estado. Segundo o secretário estadual da Cultural Marcio Meireles, os pontos de cultura continuarão “fazendo o que já fazem, só que impulsionadas pelos recursos do estado”. Ainda segundo Meireles, o Estado não deve produzir a cultura, mas impulsioná-la. O projeto foi criado pelo Minc e reúne 700 pontos no Brasil. A meta é chegar a dois mil pontos.

 

Presente ao evento, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Feirantes e Ambulantes de Salvador (Sindfeira), Joel Anunciação, aproveitou para agradecer o apoio do governo federal. “Temos mais de sete mil trabalhadores em 38 mil metros quadrados. A feira é hoje a maior da América Latina e reside no local há mais de 43 anos”, detalhou Anunciação. Hoje, figura no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) o projeto de registro da feira como Patrimônio Imaterial do Estado. Para Juca Ferreira, São Joaquim representa um equipamento de um processo cultural. “O grau de consciência que esses feirantes demonstram ter… Esse é o pedaço mais africano de Salvador”.

 

http://www.correiodabahia.com.br/aquisalvador/noticia.asp?codigo=144876

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