Fazer pizza é uma arte por si só e guarda vários segredos. A novidade é que agora a arte de fazer pizza napolitana será imortalizada.
A técnica dos pizzaiolos, originária de Nápoles, no sul da Itália, entrou nesta quinta-feira, 7, para a lista de Patrimônio Imaterial da Humanidade, da Unesco.
A decisão foi adotada pelo Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, que se reúne desde segunda-feira na ilha de Jeju, na Coreia do Sul.
Dois milhões de pessoas assinaram a petição mundial para apoiar a candidatura do ofício, praticado atualmente em Nápoles por quase 3.000 pizzaiolos e que, segundo os promotores da iniciativa, “desempenha um papel essencial na vida social e na transmissão entre gerações”.
O presidente da associação de pizzaiolos napolitanos, Sergio Miccù, havia prometido comemorar a eventual entrada de sua arte na lista de patrimônio imaterial com a distribuição de pizzas nas ruas.
A habilidade culinária associa canções, sorrisos, técnica, espetáculo, iniciada no século XVI, ressaltava a candidatura italiana.
Pizza que é a Bandeira da Itália
A prática dos “pizzaiuoli” – de preparar e virar a massa, acrescentar uma cobertura e assá-la em um forno a lenha – é parte da tradição cultural e gastronômica do país.
Em Roma, o dono de pizzaria Romano Fiore comemorou a decisão.
“Estou honrado, como todos os italianos e napolitanos estão… a pizza tem séculos de história”, disse.
Como é
A pizza napolitana típica tem uma massa relativamente fina, com exceção da borda, que, quando assada, incha como um pneu de bicicleta.
Ela é feita em um forno de tijolo à lenha e tem duas versões clássicas: marinara – tomate, alho, orégano e óleo – e a mais famosa margherita – tomate, mussarela, óleo e manjericão – que lhe dão as cores vermelha, branca e verde da bandeira italiana.
Matteo Martino, cliente da pizzaria de Fiore, disse antes do anúncio aguardado: “Acho, e espero, que esta seja a chance para fazer os estrangeiros entenderem como a pizza é feita, sem Nutella ou abacaxi”.
A lista de patrimônio imaterial, criada em 2003, contava antes da reunião deste ano com mais 365 tradições ou expressões vivas, entre elas o flamenco espanhol, a cerveja belga, a filosofia milenar da ioga, entre outras.
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