Amigos e sambistas lamentam a morte de Lamarão

Morre em Curitiba o sambista e carnavalesco Fernando Lamarão. Carioca nascido na Tijuca ao pé do Morro do Salgueiro, ouvia em seu quarto o chorinho “André do sapato novo” que vinha da quadra. Começou no Salgueiro, segurando o cordão do bloco que descia. Chegou a diretor de Harmonia do Salgueiro, função também ocupada por seis anos na Beija-Flor e por mais dois na Unidos da Tijuca. Mudou-se para Curitiba, onde continuou exercendo seu dom e seu amor pelo samba na Escola de Samba Mocidade Azul e fundando em 1997 a Acadêmicos da Realeza, em sua casa. Boêmio folclórico, malandro nato, era conhecido por ser marrento no mundo do samba e muito amado, muito amigo de seus amigos. Considerado por diversos sambistas e críticos como o maior diretor de harmonia do carnaval curitibano. Foi diretor de harmonia de diversas escolas, trabalhando ao lado de outros grandes nomes do carnaval como Joãozinho Trinta. É um dos pentacampeões do carnaval carioca, com os títulos seguidos na Acadêmicos do Salgueiro (1974 e 75) e da Beija Flor (76,77,78). Também participou da subida da Unidos da Tijuca para o grupo especial na década de 80. Em Curitiba deu sua marca ao carnaval, onde foi membro da escola de samba Mocidade Azul e  fundador e diretor de harmonia Acadêmicos da Realeza.

Seu corpo esta sendo velado na Capela do Cemitério Parque Iguaçu e seu sepultamento será hoje as 17 horas no mesmo campo santo, em Curitiba.

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