A HISTÓRIA POR TRÁS DA ÚLTIMA FOTOGRAFIA DA FAMÍLIA IMPERIAL DO BRASIL

 

Pouco antes do exílio, o imperador se reuniu com sua família para aquela que seria a última fotografia da monarquia brasileira

Uma fotografia capturada em 1889 pelo fotógrafo Otto Hees registrou um momento da família imperial brasileira reunida no Palácio Isabel — onde a família da princesa se hospedava em Petrópolis — que se tornaria um marco na história do Brasil.

 

Apresentando o palácio como cenário, a imagem mostra D. Tereza Cristina, D. Pedro II, a princesa Isabel, conde D’Eu e seus três filhos, D. Pedro, D. Antônio e D. Luís, além do filho da princesa Leopoldina, Pedro Augusto.

 

 

O que eles, no entanto, não imaginavam no momento em que posaram para a fotografia era que, pouco tempo depois, teriam de deixar o país devido aos rumos que a política nacional tomaria.

 

 

Como destaca o site da Prefeitura de Juiz de Fora, onde fica o museu no qual se encontra a fotografia atualmente, o registro conta com os autógrafos de todos os presentes, acompanhado por uma dedicatória do comandante J. M. Pessoa, o detentor original da foto, ao conselheiro Dr. Catta Preta.

 

 

 

A última fotografia da família imperial com suas assinaturas / Crédito: Wikimedia Commons/Otto Hees

Simbologia

De acordo com a historiadora do Museu Mariano Procópio, Rosane Carmanini Ferraz, a fotografia carrega uma simbologia e significado cruciais ao se considerar a história do Brasil.

 

Ela se destaca, inicialmente, por representar a última imagem oficial da realeza antes da Proclamação da República, ou seja, a última foto oficial da família ainda como família imperial.

 

 

A historiadora ainda completa sua observação destacando que a foto foi autografada pela família a bordo do Alagoas, a embarcação que os conduziu ao exílio em 24 de novembro de 1889, apenas nove dias após a Proclamação da República.

 

O fim de um reinado

Dom Pedro II governou o Brasil de 1849 a 1889. Em 16 de novembro de 1889, um dia após a República ter sido proclamada, a família imperial brasileira recebeu a notificação para deixar o país.

 

 

Assim, na madrugada de 17 de novembro, o imperador deposto e os demais membros da monarquia partiram para o exílio em Portugal. Três semanas após a chegada da família à Europa, morreria a imperatriz Tereza Cristina.

 

Sozinho, Pedro II passaria então a viver em hotéis. Dois anos mais tarde, durante um passeio pelo rio Sena, na França, o ex-monarca acabaria pegando um resfriado que, em questão de poucos dias, se agravou. Bastante debilitado, ele morreu em 5 de dezembro de 1891.

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