A Gaiola das Loucas

gaiola-das-loucasApós enorme sucesso no Rio de Janeiro, a versão brasileira do musical da Broadway chega a São Paulo Texto baseado na peça “La Cage Aux Folles”, de Jean Poiret. Inspirada no musical concebido na Broadway, em 1983, por Harvey Fierstein (texto) e Jerry Hermann (músicas), a tão esperada A Gaiola das Loucas chega à cidade de São Paulo, dia 23 de outubro, no Teatro Bradesco. Trata-se de uma mega produção, com versão brasileira e direção de Miguel Falabella, que encabeça o elenco de estrelas, juntamente com Diogo Vilela.

O cenário é grandioso. São mais de 40 trocas, de 300 figurinos e 100 perucas. Segundo a produção, durante o espetáculo, acontecem 350 mudanças de luzes e cinco painéis de leds são responsáveis pelo colorido especial do cenário. O palco foi especialmente remodelado para receber os números de dança e da orquestra, formada por 14 músicos.

Uma infinidade de surpresas torna essa montagem uma das mais ousadas, criativas e inusitadas dos últimos anos. Vinte e cinco atores e bailarinos foram selecionados entre mais de 1.000 candidatos de diversas localidades do Brasil. A temporada no Rio de Janeiro teve de ser prorrogada, devido ao grande sucesso.

A história de Fierstein é baseada na peça teatral, escrita (1973) e interpretada por Jean Poiret, nos palcos franceses ao lado de Miguel Serrault. Na trama brasileira, Georges (Miguel Falabella) é o proprietário do cabaré “A Gaiola das Loucas”, a jóia e o orgulho de St. Tropez, um lugar onde, citando uma das canções do espetáculo, “… você encontra o seu par, mas a garota foi ali se barbear!”.

O cabaré, famoso pelos seus shows performáticos, tem a sua vedete: a primeira e única Zazá, o transformista mais famoso de toda Riviera. Ao se “desmontar”, ele transforma-se em Albin (Diogo Vilela), com quem Georges mantém uma relação solidamente estruturada há mais de 20 anos.

Juntos, “têm” um filho: Jean Michel (Davi Guilherme), fruto de uma aventura de Georges, quando jovem, nos bastidores do Lido de Paris. A mãe, na época inexperiente, não assumiu o bebê, deixando a complexa tarefa para Georges e Albin. Jean, no início, tem 20 anos e chega em casa com uma notícia avassaladora: vai se casar. Está perdidamente apaixonado por Anne (Carla Martelli). Porém, a moça é filha única de Édouard Dindon (Mauricio Moço), presidente do PFTM, o Partido da Família, Tradição e Moralidade. Como se isso não bastasse, ele ainda prometeu varrer do mapa os homossexuais da Riviera, caso seja eleito.

A partir daí, a trama constrói-se com excepcional dramaturgia, já encontrada no original de Poiret, e canções memoráveis do grande Hermann. Entre elas, o clássico I am what I am (Eu sou o que sou), popularizada na versão da cantora Gloria Gaynor. Diogo Vilela e Miguel Falabella dão vida ao casal de meia idade, ameaçado pela decisão do filho. Para contornar a situação, os dois criam personagens, dando origem a um hilariante jogo de espelhos.

A peça teve mais de 1 milhão de espectadores gerando uma adaptação para o cinema, em que Ugo Tognazzi interpretou o papel de Poiret e Michel Serrault imortalizou nas telas sua brilhante Zazá. O filme teve duas sequencias em uma versão norte-americana com Robin Williams e Nathan Lane.

A Gaiola das Loucas de Falabella tem co-direção de Cininha de Paula. A equipe envolve diariamente o trabalho de mais de 120 profissionais. Os números coreográficos levam a assinatura do americano Chet Walker e da coreógrafa associada Fernanda Chamma. A direção musical e adaptação da partitura original ficaram a cargo de Carlos Bauzys. Já os figurinos foram criados por Claudio Tovar, a cenografia por Clivia Cohen e o design de luz tem por traz Maneco Quinderé.

Um pouco mais… La Cage aux Folles (A Gaiola das Loucas) estreou em 01 de fevereiro de 1973, no palco do Théâtre du Palais Royal, em Paris. Imediatamente transformou-se em um dos maiores sucessos da história do teatro francês,  ganhando traduções e adaptações pelo mundo todo, inclusive no Brasil, com impagáveis atuações de Jorge Dória e Carvalinho. 

Somente na cidade luz, a peça foi vista por quase um milhão de espectadores em suas duas mil apresentações. Em 1978, o texto de Poiret foi adaptado para o cinema, com produção franco-italiana. Ugo Tognazzi interpretou o papel de Poiret e Michel Serrault imortalizou nas telas sua brilhante Zazá.  Em 1983, Harvey Fierstein adaptou o texto e Jerry Hermann musicou o libreto, trazendo para  a Broadway a farsa que arrebatara o público 10 anos atrás.

Elenco: Diogo Vilela, Miguel Falabella,  Sylvia Massari, Carla Martelli,  Davi Guilhermme,  Gustavo Klein,  Jorge Maya,  Mauricio Moço e  Mirna Rubim. 

Musical: A Gaiola das Loucas
Teatro Bradesco (1457 lugares). Bourbon Shopping São Paulo – Rua Turiassu, 2.100 – 3º piso – Pompéia. Informações: (11) 3670-4100
Quinta e sábado, às 21h. Sexta, às 21h30. Domingo, às 19h.
Ingressos: de R$ 20 a R$ 170
Bilheteria: quinta a domingo, das 12h às 20h; sexta e sábado, das 12h às 22h. Aceita todos os cartões de credito e débito. Não aceita cheque.
Vendas pela Internet: www.ingressorapido.com.br e telefone: 4003-1212.
Duração: 150 minutos (intervalo de 15 minutos). Classificação: 12 anos

 

Estreia dia 23 de outubro – Temporada: até 19 de dezembro de 2010

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