História do Rádio e TV em Fotografias

 

O Museu da Imagem e do Som (MIS) leva a público uma amostra de seu acervo fotográfico contemporâneo que recentemente foi submetido a um processo de recuperação. A exposição Projeto Vitae de Recuperação do Acervo Fotográfico exibirá 38 fotografias das coleções Rádio e TV do Brasil, parte integrante do acervo do museu. Entre as imagens expostas, estão a do velho guerreiro Chacrinha, Fernanda Montenegro, Silvio Santos, a turma do Satiricon, entre outras personalidades. É uma pequena parcela do montante de material tratado: 170.106 imagens, entre álbuns, negativos, contatos, ampliações e slides. “A exposição é uma forma de mostrar o trabalho que foi realizado e de lançar a segunda etapa do projeto”, conta a coordenadora técnica da iniciativa, Adriana Villela. Esse segunda fase, que deve durar não mais do que um ano, consistirá na recuperação do acervo fotográfico histórico do museu, que, segunda ela, corresponde a cerca de 15% do arquivo fotográfico do local. “É um processo mais complicado”, diz. A exemplo da primeira etapa, o principal financiamento provém da Vitae e um grupo de adolescentes de baixa renda, encaminhados pelo programa Bolsa Trabalho, da Prefeitura – e agora bem mais afiados na função -, ajudará a executar serviços de limpeza e embalagem. Recrutados no começo do projeto, os bolsistas receberam orientação técnica de especialistas do Centro de Conservação e Preservação Fotográfica da Funarte e trabalharam ao longo desse tempo sob a orientação de técnicos do MIS e outros contratados pela Vitae. “Agora, parte do material histórico vai ser recuperado na Funarte, por altos especialistas, enquanto a outra vai passar por esse grupo de adolescentes.” Adriana Villela planeja formar mais grupos de bolsistas, desta vez, para atuar em dois novos ateliês: um de recuperação do acervo de filmes do museu e outro, do acervo de artes gráficas. Assim, seria possível consolidar um núcleo de preservação no MIS, que deu os primeiros passos com o projeto Vitae. Mas para os ateliês começarem a funcionar, ela está em busca de patrocínio para os dois projetos, que já estão formatados. Segundo ela, o modelo de trabalho seria o mesmo, com a diferença que os adolescentes receberiam orientação de especialistas nas respectivas áreas. No caso da equipe de cinema, a consultoria ficaria a cargo de técnicos da Cinemateca, enquanto a de artes gráficas seria auxiliada por profissionais da Associação Brasileira de Encadernação e Restauro. “Nos documentos em papel, o que precisa de tratamento mais rápido, de higienização e embalagem adequada, são os cartazes da Vera Cruz”, observa. “Já no acervo de cinema, começaremos pela coleção de rolinhos, doada pela TV Bandeirantes, de quando os telejornais eram feitos em película.”

 

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