Getúlio Guerra – Produtor Musical
É triste, eu me policio direto com o descanso sagrado…
Hoje, fui dormir às 2h da madruga, fiz as contas pra dormir 8h e coloquei o relógio pras 10h da matina. Tento descansar 8h por noite, mas acordei antes com ligações do Espínola, Antunes, Ribeirinho.
“Sorte sua”
Não sei se é sorte ou simplesmente uma busca contínua dessa condição ou qualidade de vida que desde moleque eu acreditava em trabalhar no que eu gostasse. E viva o Silvio Kurzlop! Depois, me dei conta de que só trabalhar no que eu gostava não bastava. E viva o Zeno José Otto! Eu tinha que ter uma certa autonomia de horários e não ter que aguentar abusos de chefias, e continuei adicionando sonhos de liberdade nessa direção. E viva o Roberto Freire! Mas também me dei conta de que tudo isso não refrescava se não viesse grana a ponto de se ter como morar, comer, beber, vestir, sair, viajar, etc. E viva o George Ivanovitch Gurdjieff! Não que eu não ganhasse, mas, precisava ganhar mais, e ainda dentro do que eu gostasse. E viva o Carlos Maltz! Recapitulando os desafios: descansar o necessário, fazer o que se gosta, ter autonomia, ganhar mais e agora ainda complicar esse sonho fazendo algo que se acredite como útil pro outro, de dentro pra fora, com alma e tesão, comprometimento e responsabilidade social. E viva o Cláudio Ribeiro! Ixe, nesse papo de construir uma esperança de vida melhor, me vejo às vezes pensando já (à margem da Previdência Social por favor) na minha aposentadoria sauhdsahudsahusad E viva o Jewan Antunes!
“Ei, mas agora que tá aprendendo a trabalhar já quer parar?”
“Não! Não quero parar (é, os diálogos rolam internamente sdauhdshudsa), mas preciso pensar quando e como vou parar. E parar é o modo de dizer…”
Quero uma chácara, pra caminhar por entre pés de mimosas e limões, pássaros, cachorros. Tutuco como treinador. Um bom sucessor do notebook com uma rápida comunicação sucessora da internet e muitas observações na cachola e no coração pra escrever em livros: contos, poesias, crônicas. Essa é a imagem do meu ativo descanso futuro. Uma horta, uma rede, uma piscina e uma bicicleta também. Uma cancha de futebol (pequena, no tamanho da de pádel pra conseguirmos correr) e uma churrasqueira do lado pra se reunir com os amigos e parentes depois do jogo e ficar relembrando os lances da partida que acabará de terminar.
“Vida boa…”
Ahhhhhhh, e lareira e fogão à lenha né?
Também não pode faltar pros dias de inverno.
“Sim, é dever nosso fazer da nossa vida algo bom assim, sim!”
E viva o João Acuio!
PS: Desde sempre as escolhas eram por eliminação, na contramão do que não se queria pra minha vida. Agora, beirando aos 40, talvez eu comece a aprender a escolher por onde eu quero ir 🙂
www.getulio-guerra.blogspot.com