Mostra revela a cidade negra e periférica que pulsa sob a superfície racional de Curitiba, resgatando a cultura do samba como forma de resistência e celebração.
Quando se pensa em Curitiba, é comum surgir a imagem de uma cidade fria, silenciosa e racional. Mas existe outra Curitiba — vibrante, coletiva, de raízes profundas — onde o tambor dita o ritmo, o corpo dança em roda e as vozes entoam memórias ancestrais. É essa cidade que a exposição “Entre a Vila e a Cidade: A Curitiba do Samba” convida o público a descobrir.
A mostra, que abre nesta terca-feira (15) no Centro Cultural da PUCPR, mergulha na cultura do samba curitibano para contar uma história que nasce nas comunidades negras, nas vilas e periferias. Uma história construída com arte, resistência e alegria, fora dos holofotes da história oficial.
Mais do que apenas música, o samba é apresentado como linguagem, território e memória viva. Por meio de fotografias, objetos, vídeos e depoimentos, a exposição reconstrói a cidade a partir dos batuques que há décadas ecoam nos quintais, nos terreiros, nas quadras das escolas de samba e nos encontros coletivos onde se vive o chamado “corpo-mundo”.
É uma Curitiba da negritude, da criatividade popular e da festa como ato político. Uma Curitiba que resiste, reinventa e pulsa — mesmo quando invisibilizada.
“Entre a Vila e a Cidade” é, acima de tudo, um convite à escuta: das batidas dos tambores, das histórias, das dores e das alegrias de quem constrói, dia após dia, uma cidade muito além dos cartões-postais.
A exposição segue aberta ao público até o dia 11 de julho, com entrada gratuita.
Serviço:
Exposição: Entre a Vila e a Cidade: A Curitiba do Samba
Data: de 15 de abril a 11 de julho
Local: Centro Cultural da PUCPR – Rua Imaculada Conceição, 1155 – Prado Velho
Entrada gratuita
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