Cidade cubana se mobiliza pelo Brasil durante Copa do Mundo

A única vez que Cuba esteve em uma Copa do Mundo foi em 1938 e por isso, a cada torneio, o país escolhe por qual seleção vai torcer. Uma das exceções é a cidade de Bauta, onde, em todo os Mundiais, o coração de seus 50 mil habitantes é sempre verde e amarelo.

As ruas da cidade são enfeitadas com bandeiras que proclamam “Ordem e Progresso” e jogos são transmitidos no teatro do povoado. Quem não consegue entrada para assistir no telão, se reúne em casa com os amigos para acompanhar a equipe de Tite. O narrador esportivo da “Tele Rebelde” deixa bem claro durante a transmissão do jogo: “o Brasil é o país que mais torcedores tem em Cuba”.

 

Na última quarta-feira (27), durante o jogo da Seleção Brasileita contra a Sérvia, a chuva caia na cidade localizada nos arredores da capital Havana, e raios geravam interferência na imagem da velha TV de tubo chinesa, da marca Panda. Mas pouco importava. Quando Paulinho fez o primeiro gol do Brasil, os moradores pularam de alegria.

“Isso nasceu em 2006. Toda vez que o Brasil joga pintamos tudo de verde e amerelo. Os rapazes pintam os cabelos. Os cubanos se identificam muito com os brasileiros, o samba, o ritmo, a raça. Somos cubanos, somos latinos, somos Brasil”, afirma Alberto Izquierdo, de 65 anos.

 

Junto com outros vizinhos, o cubano convidou brasileiros residentes em Havana para ver a partida contra a Sérvia em sua casa. A torcida é embalada por gritos entusiasmados, música e muita dança. Em cima da TV, um boneco de Ronaldinho Gaúcho foi colado para dar sorte.

 

“Estou muito emocionado. Fomos acolhidos de forma tão carinhosa. Me disseram que Bauta era a cidade mais brasileira de Cuba. Eu não conhecia. E vou voltar. Estou em casa. Eles nos trouxeram boa sorte. Ganhamos e jogamos bem”, comenta o embaixador Antonio Alves Júnior, chefe da missão diplomática do Brasil em Cuba.

 

No teatro da cidade, cubanos comemoravam a vitória brasileira agitando bandeiras ao som de gritos e vuvuzelas. “Somos fãs do Brasil. Vamos ganhar. A Alemanha já se foi. É um a menos. Cuba inteira apoia o Brasil e estamos com eles”, diz María Esther Ríos, de 55 anos.

 

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