Em 23 de junho de1995, morre em La Jolla, San Diego [Califórnia] Jonas Edward Salk – médico, virologista e epidemiologista que criou a primeira vacina contra paralisia infantil.
Apresentação Carmen Lúcia
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Poliomelite ou pólio é a forma convencional com que a doença é tratada pela comunidade científica. Mas ficou popularmente conhecida como paralisia infantil – o vírus é transmitido de pessoa a pessoa, principalmente pelas fezes ou pela boca e que causa severos danos à saúde.
As sequelas da doença vão desde problemas respiratórios crônicos à paralisia dos membros, principalmente das pernas. Nos casos mais graves – onde ocorre a paralisia de nervos musculares ligados à respiração e ao ato de engolir –, há risco de morte.
Por volta de 1910, o mundo experimentou um aumento de casos de poliomielite e os surtos deixaram milhares de crianças e adultos paralíticos. Os americanos enfrentaram seu pior momento em 1952 – dos quase 58 mil casos notificados, na época, 3.145 morreram e 21.269 ficaram com algum tipo de paralisia. A maioria das vítimas foram as crianças.
Esse caos incentivou a pesquisa e uma corrida para que fosse desenvolvida uma vacina o mais rápido possível. As epidemias anuais devastavam o país cada vez mais, principalmente no verão. E foi nesse cenário que Salk se debruçou sobre a pesquisa horas a fio até encontrar uma solução. Mas a vacina só começou a ser administrada em 1955.
Com o passar dos anos, o resultado de seu trabalho ficou conhecido como a vacina Salk. Outros pesquisadores trabalharam no aprimoramento da vacina. Foi o caso, por exemplo, do polonês Albert Sabin, que em 1957 colocou à disposição uma nova vacina no mercado.
Graças as doses da vacina criada por Sabin o Brasil está livre da Pólio há mais de 20 anos. O último caso registrado no país foi na Paraíba, em 1989. Mas ainda não podemos comemorar. Paquistão e Afeganistão ainda têm casos de transmissão do vírus. E enquanto houver circulação do vírus no mundo, a vacinação é necessária para evitar novas epidemias.
História Hoje: Programete sobre fatos históricos relacionados às datas do calendário. Vai ao ar pela Rádio Brasil Cultura de segunda a sexta-feira
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