Na Europa do século XV, no Oeste dos Estados Unidos ou no Sertão do Brasil, por muito tempo o duelo era a forma mais comum de combate entre duas pessoas, em geral, motivadas por questões emocionais e afetivas, como conflitos familiares e preservação da honra. Era assim que cavaleiros costumavam acertar suas adversidades.
Apresentação Dilson Santa Fé
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Dizem alguns historiadores, que o duelo mais longo da história teve início em 1794, entre um jovem burguês e um capitão de Exército. O embate durou 19 anos, tendo cumprido todas as regras do código de honra.
Os duelistas escolhiam, cada qual, um padrinho, que ficava responsável por averiguar se todas as regras estabelecidas estavam sendo cumpridas.
Duelava-se com espadas, lanças, flechas, pistolas. E uma das formas mais pitorescas aconteceu no dia 22 de junho de 1808, em Paris.
Em meio à contenda entre Monsieur de Grandpré e seu rival Le Pique, estava Mademoiselle Tirevit, jovem e renomada bailarina da Ópera de Paris. Nem armaduras, cavalos, espada ou flechas; a disputa consistia em voar com balões a uma determinada altura, de onde seriam efetuados disparos de um balão contra o outro até que um perdesse o ar e caísse.
Le Pique levava com ele a impaciência amorosa, aquela que nasce da paixão ainda não correspondida. E assim, em um instante de impaciência e pressa em conquistar o coração da mulher amada, disparou primeiro. Mas errou o alvo. Mais prudente, com a certeza da vitória, Grandpré teve melhor pontaria, acertando o balão de seu oponente.
A história não nos conta se Grandpré, vitorioso no duelo, também foi vitorioso no amor. E se é revisitando o passado que vivemos em plenitude o presente, a história nos faz refletir sobre a insensatez desse hábito que remonta a antiguidade e que, hoje, é proibido por lei.
História Hoje: Programete sobre fatos históricos relacionados às datas do calendário. Vai ao ar pela Rádio Brasil Cultura de segunda a sexta-feira
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