Em 1799, durante uma expedição militar do então general Napoleão Bonaparte, no Egito, foi encontrado um bloco de basalto negro retangular com inscrições antigas.
Apresentação Dilson Santa Fé
A Pedra de Roseta, como foi chamada, continha fragmentos de passagens escritas em três idiomas diferentes: o grego, os hieróglifos egípcios e o demótico egípcio.
A Pedra de Roseta é considerada a chave que resolveu o enigma dos hieróglifos, uma linguagem desaparecida há quase 2 mil anos.
O decifrador do enigma das pirâmides
Em 1799, soldados do exército de Napoleão encontraram, próximo ao Rio Nilo, em um lugar chamado Roseta (Rashid, em árabe, próximo à cidade de Alexandria), um grande bloco de granito negro. Nele estava gravado um mesmo texto em três tipos de escrita: hieróglifos do estilo monumental, em estilo cursivo (escrita demótica) e em grego. O monumento ficou conhecido como Pedra de Roseta.
Não se sabe quem a escreveu, mas ali estava a chave para decifrar os mistérios das pirâmides, perdidos há muitos séculos. O grego era uma língua bem conhecida, ao contrário dos hieróglifos. Então, a partir da pedra, a tradução tornou-se possível. Mas não foi tão fácil, porque se sabia pouquíssimo sobre o funcionamento da escrita do Egito Antigo.
O médico britânico Thomas Young estudou o assunto durante 20 anos. Mas o mérito final da completa realização da tradução, em 1822, pertence ao francês Jean-François Champollion. Assim se iniciou a ciência de estudo de assuntos referentes ao Egito, a Egiptologia.
Nascido na França em 1790, desde muito jovem, Champollion mostrou um grande interesse pelo estudo das línguas orientais e, aos 16 anos, já conhecia hebraico, árabe, persa, árabe, chinês e várias outras línguas asiáticas. Ele concluiu que o copta, a língua falada pelos cristãos egípcios contemporâneos, correspondia ao último estágio da antiga língua egípcia.
“É um sistema complexo, uma escrita ao mesmo tempo figurativa, simbólica e fonética, em um mesmo texto, uma mesma frase, eu diria praticamente na mesma palavra”, escreveu Champollin, na sua Gramática.
Os hieróglifos foram utilizados no Egito por um período longo – do fim do quarto milênio antes de Cristo até o fim do século V da nossa era (mais de três mil anos), mas desde as fases iniciais já apresentava versões simplificadas, como o demótico.
A Pedra de Roseta, que contém um decreto do rei egípcio Ptolomeu V, de 196 a.C., pode ser admirada atualmente no Museu Britânico em Londres.
História Hoje: Programete sobre fatos históricos relacionados às datas do calendário. Vai ao ar pela Rádio Brasil Cultura de segunda a sexta-feira.
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