Há 47 anos, morria Judy Garland, um dos grandes mitos do cinema e da canção americana. Foi uma das principais atrizes da Era de Ouro dos musicais de Hollywood. Interpretou Dorothy, no filme O Mágico de Oz, entre outros papéis de destaque.
Apresentação Gláucia Gomes
ANTES DE OUVIR O ÁUDIO DESLIGUE O SOM DA RÁDIO BRASIL CULTURA NO TOPO DA PAGINA
História
Frances Ethel Gumm, mais conhecida como Judy Garland foi uma famosa atriz e cantora norte americana, considerada por muitos uma das maiores estrelas cantoras da “Era de Ouro” de Hollywood dos filmes musicais.
Ela é mais lembrada pelo público e fãs pelo seu papel de de Doroty no filme “O Mágico de Oz (1939).
De descendência inglesa, escocesa, e com ascendência irlandesa, Judy Garlang nasceu na cidade de Grand Rapids, Minnesota, Estados Unidos [Coordenadas GPS: Latitude / Longitude = 47°14’10.63″N, 93°31’46.60″W], no dia 10 de junho de 1922.
Judy Garland foi batizada em uma igreja local episcopal, e era chamada carinhosamente de “Baby” pelos seus pais e irmãs, e compartilhava o dom de sua família para a música e dança.
Seus pais se estabeleceram em Grand Rapids para atuar no teatro.
Filha dos atores Francis Avent Gumm e Ethel Marion Milne, fez sua primeira apresentação com dois anos e meio de idade juntamente com suas duas duas irmãs mais velhas, no palco do teatro do seu pai durante um show de Natal, cantando Jingle Bells acompanhada por sua mãe ao piano.
Esse show continuou nos anos seguintes com o nome de “The Sisters Gumm”, e foi um sucesso.
Em junho de 1926, após acusações que seu pai praticava assédio sexual em seu teatro, a família se mudou para a Califórnia.
Já em Los Angeles, o grupo “The Sisters Gumm” se apresentaram em seu show anual de natal, ficando conhecidas de Meglin Kiddies, que as introduziu no mundo do cinema no curta metragem “Revue Big” (1929).
As apresentações do “The Sisters Gumm” seguiu até seu último show em 1935, quando Judy Garland assinou um contrato com a MGM.
Após seu pai falecer quando Judy tinha 13 anos de idade, e sem o apoio de sua mãe, Judy Garland ficou dependente dos cuidados da MGM.
Quado fez 15 anos de idade surgiu um problema para os produtores da MGM, pois ela era mais velha do que o necessário para papéis de filmes infantis, e ao mesmo tempo muito nova para papéis adultos.
Devido também a sua baixa estutura (1,64 m), ela não tinha os padrões de beleza necessários na época, sendo apontada como o “patinho feio” da MGM, e isso a abalou emocionalmente até o final de sua vida.
Segundo publicado em livros e em dossiês investigativos, foi descoberto que Louis Mayer, o grande executivo da MGM na época, assediava sexualmente Judy Garland para obter sexo, mas Garland nunca cedeu ao se assédio, despertando a ira do executivo, o qual se dedicou a prejudicar a carreira de Garland devido a sua recusa.
Inclusive existem rumores de que Mayer, certa vez, apostou Judy Garland em um jogo de pôker com os mafiosos de Los Angeles, e perdeu.
Devido a isso os mafiosos perseguiram Judy tentando levá-la para o mundo da prostituição, o que seria muito rentável devido a sua fama como atriz de Hollywood, inclusive dentro dos estúdios da MGM, e ainda com o consentimento de Louis Mayer.
Esses acontecimentos acabaram sendo investigados, tanto pela polícia local, como pelo FBI e pela Interpol, dada as proporções dos acontecimentos.
Devido a sua fama e ótimo desempenho profissional, sendo muito querida e requisistada pelo público, várias outras produtores se interessaram por Judy Garland, preocupando dessa forma a MGM.
Para não liberar a atriz, a MGM fez Judy atuar com Mickey Rooney em uma sequência de musicais.
A dupla apareceu pela primeira vez no filme de 1940 “Andy Hardy Meets Debutante”.
Eles se tornaram uma sensação e juntaram-se novamente em Andy “Hardy’s Private Secretary” (1941).
Após a sequência de sucessos, Judy estrelou com Rooney nove filmes.
Em uma época em que as drogas ainda não haviam se proliferado pelo mundo, e que a vigilância sobre seu uso não era ainda muito efetivo, novamente o executivo Louis Mayer da MGM, para aumentar o desempenho dos atores durante as filmagens, distribuia anfetaminas através de seus funcionários, e em seguida barbitúricos para que dormisem quando os trabalhos eram finalizados.
O uso dessas drogas fez com que Judy Garland se tornasse dependente ainda com pouca idade.
O regime de trabalho era muito duro, fazendo os atores a trabalharem de dez a doze horas por dia, por isso faziam os atores tomares as drogas para que ficassem alertas o tempo todo.
Em 1939, aos 16 anos Judy Garland conseguiu o papel que a tornaria famosa mundialmente, o de “Doroty” do filme “O Mágico de Oz”.
A filmagem de “O Mágido de Oz” começou em 13 de outubro de 1938 e foi concluída em 16 de março de 1939, tendo um custo total de mais de 2 milhões de dólares.
Após as filmagens de “O Mágico de Oz”, Judy Garland participou de uma turnê com Mickey Rooney pelos Estados Unidos.
“O Mágico de Oz” foi um tremendo sucesso, fazendo com que Judy Garland recebesse o Oscar Juvenil na festa da grande premiação anual.
Após estrelar outros filmes para a TV e cinema, foi criada uma série para Judy, chamada “The Judy Garland Show”, a qual foi um fracasso devido também ser colocado no mesmo horário na TV da famosa série Western “Bonanza”.
Como a série não “vingou” perante os telespectadores, foi cancelada no final da primeira temporada.
O fim da série foi pessoalmente e também de forma financeira, arrasador para Judy, que nunca se recuperou completamente de seu fracasso.
Com o desaparecimento da sua série de televisão, Judy Garlando retornou aos palcos.
Judy então realizou diversos shows, incluindo em Sydney na Austrália e em Londres (Inglaterra), onde participou sua filha Liza Minelli, que tinha 18 anos na época.
No início de 1969, sua saúde havia se deteriorado.
Ela cantou em Londres na boate “Talk of the Town” por cinco semanas e fez seu último concerto em Copenhage, em março de 1969.
Judy Garland teve seu último casamento com Mickey Deans, em Londres, em 17 de março de 1969, após ter se divorciado de Mark Herron em 11 de fevereiro daquele mesmo ano.
Em 22 de junho de 1969, Judy Garland foi encontrada morta pelo seu marido Mark Deans no banheiro de sua casa na cidade de Londres.
Foi declarado pelo legista, Gavin Thursdon, que a causa da morte foi “uma overdose sem cuidados de barbitúricos, sendo que seu sangue continha o equivalente a 97 mg de cápsulas de Seconal.
O legista enfatizou que a overdose foi acidental e que não havia nenhuma evidência para sugerir que ela havia cometido suicídio.
A autópsia revelou que não houve inflamação do revestimento do estômago da atriz e ao mesmo tempo nenhum resíduo de drogas em seu estômago, o que indicou que a droga havia sido ingerida gradativamente por um longo período de tempo, ao invés de uma única dose.
Seu atestado de óbito indicou que sua morte foi “acidental”.
Mesmo assim, um médico especialista inglês que havia atendido Judy disse que ela estava vivendo com o “tempo contado” devido à existência de cirrose hepática.
Judy Garland tinha completado 47 anos de idade apenas 12 dias antes de sua morte.
Sua co-estrela em O Mágico de Oz, Ray Bolger, comentou no funeral de Judy:
“Ela simplesmente se consumiu”.
Estima-se que aproximadamente 20.000 pessoas estavam presentes e aguardaram por horas na capela funerária Frank E. Campbell para ver pela última vez o corpo da famosa atriz Judy Garland.
História Hoje: Programete sobre fatos históricos relacionados às datas do calendário. Vai ao ar pela Rádio Brasil Cultura de segunda a sexta-feira.
Faça um comentário