Exposição traz ao Brasil cartazes e filmes soviéticos da 2ª Guerra

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Cartazes sobre a participação da União Soviética na Segunda Guerra Mundial, a chamada Grande Guerra Patriótica, entre 1941 e 1945, e exibição de filmes da era soviética são as grandes atrações que o público poderá ver a partir do próximo sábado (18) na Casa da Força Expedicionária Brasileira (FEB), na Rua das Marrecas 35, no Centro do Rio.

 

Os cartazes foram a forma que o governo soviético encontrou para engajar e motivar civis e militares para resistir à invasão nazistaOs cartazes foram a forma que o governo soviético encontrou para engajar e motivar civis e militares para resistir à invasão nazista A mostra, com entrada franca, ficará aberta à visitação de terça a quinta-feira de 13h30 às 17h e aos sábados de 10h às 15h até 2 de julho. O acervo, tanto de filmes quanto de cartazes, foi cedido pelo Consulado Geral da Federação Russa no Rio de Janeiro e reúne réplicas de 68 cartazes, selecionados entre os mais representativos do período, instalados em painéis e com legenda em português.

 

Os cartazes foram a forma que o governo soviético encontrou para engajar e motivar civis e militares para resistir à invasão nazista, iniciada em julho de 1941 com o início da Operação Barbarossa. Junto com jornais e rádio, os cartazes eram um meio de propaganda eficaz, explicando visualmente em termos bem simples e direto como se engajar na luta contra o inimigo de todas as formas possíveis.

 

Grandes artistas plásticos fizeram parte dessa produção, como Irakli Toidze (autor do famoso “Mãe Pátria”), Alexei Kokorekin (“Pela Pátria”), Viktor Koretsky (“Soldado do Exército Vermelho, salva!”), Kukriniksy (sigla de um grupo de três caricaturistas — Mikhail Kupryanov, Porfiry Krylov e Nikoloi Sokolov que assinavam com esse nome), Dmitry Moor, Viktor Deni, Mikhail Cheremnyh, entre tantos outros.

 

Uma parte desses cartazes foi criada por um grupo de artistas no âmbito do Okna TASS (Janelas da TASS), que se tornou a reencarnação do Okna Rosta (Janelas da Agência de Notícias Russa). As imagens foram replicadas usando stencils e normalmente eram penduradas em suportes especiais em Moscou e em outras cidades.

 

Em seu auditório, a Casa da FEB também vai exibir, no período, seis filmes selecionados entre os mais representativos sobre a Grande Guerra Patriótica. Com roteiros baseados em fatos reais, os filmes serão exibidos em sessões com a participação de especialistas sobre a Segunda Guerra Mundial. As sessões acontecerão sempre às 15h30 no dias 21, 22, 23, 28, 29 e 30 de junho com duração aproximada de 90 minutos cada. Os filmes são: “Auroras Nascem Tranquilas” (1972), de Stanislav Rostotsky, tendo como cenário a região da Carélia e a luta de um bravo pelotão de jovens mulheres-soldado; “A Infância de Ivan” (1962), de Andrei Tarkovsky, sobre o trabalho de coleta de informações de um garoto órfão de 12 anos e seu engajamento na guerra; “A Resistência” (2010), de Alexander Kott, sobre o ataque nazista à Fortaleza de Brest; “Neve Ardente” (1974), de Gavriil Egiazarov, sobre o épico cerco de Stalingrado; “A Balada do Soldado” (1959), de Grigory Chukhray, sobre a odisséia de um soldado que recebe uma folga por bravura e cruza boa parte da Rússia só para rever a mãe por instantes antes de voltar para o front; “O Pai do Soldado” (1964), de Rezo Chkheidze, sobre um velho camponês que deixa sua aldeia na Geórgia e ruma para encontrar o filho ferido.

 

Toda a programação tem entrada gratuita.

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