O caboclo, ou mameluco, vem da miscigenação da raça branca com a indígena, com predominância dessa última. O resultado dessa mescla, é uma raça forte e bonita. A miscigenação é o resultado da mistura de povos diferentes e os brasileiros herdaram essa mestiçagem desde a época da colonização. Podemos dizer que uma quarta parte da população brasileira são descendentes de índios e branco.
O índio amazônico, por seu temperamento dócil, foi facilmente dominado pelo branco colonizador. Como os colonizadores europeus geralmente vinham para o Brasil sozinhos, sem as esposas, as aborígines acabavam alvo de assédios sexuais e serviam de matrizes para a criação da raça cabocla.
Esse assédio era tão comum, que o fundador da cidade de Santarém (PA), um padre chamado João Felipe Betendorf, confinava as índias solteiras em uma espécie de curral, por um período de tempo, sob pretexto religioso, mas o real motivo era protegê-las do colonizador branco. Ao longo do século XVIII, o homem branco europeu também percorreu a região sul e encontrou muitas tribos indígenas em seu caminho. A miscigenação de brancos e índios foi inevitável. A tradição agrícola dos indígenas é um legado ao caboclo, que manteve o mesmo apego à terra de seus antepassados.
Com o passar dos anos, o termo caboclo passou de étnico-produtivo à social-produtivo por reconhecer como caboclo todo indivíduo que se dedica à economia agrícola de subsistência, seja ele de origem indígena ou não. Perante a constituição, todos os seres humanos têm direitos, independente de raça, cor e religião. Infelizmente, esses direitos da cidadania muitas vezes não são respeitados em função de um racismo ainda existente no Brasil.
O que devemos lembrar é que todos nós brasileiros descendemos de “índios e negros” e que nossos antepassados foram os responsáveis pela construção do nosso país, portanto, a miscigenação deve ser exaltada e respeitada, pois nós somos essa mistura de raças e não há sentido mantermos o preconceito em nosso país.