Palestras: Filosofia e Cultura Brasileira

O ciclo de palestras Filosofia e Cultura Brasileira , que a CAIXA Cultural oferece de 04 a 07 de dezembro, no Cinema 1 da unidadeAlmirante Barroso, tem por objetivo difundir e debater pensamentos que ofereçam um panorama do diálogo da tradição filosófica com o percurso cultural do Brasil contemporâneo.

Abrindo o debate, Antonio Cícero apresenta a perspectiva de que a primeira filosofia conduz a uma verdade absoluta, universal e necessária que corresponderia ao que diversos filósofos
classificaram como niilismo. Na sequência, Ana Cristina Chiara, a partir da
performance O Confete da índia, de André Masseno, examina variáveis de
figurações do corpo da índia/índio, do corpo da negra/negro, no trabalho de
artistas brasileiros modernos e contemporâneos. Por sua vez, Luiz Carlos Maciel
trata da importância da ideia da liberdade em sua formação pessoal e na
experiência de sua geração dos anos 1960/70. Patrick Pessoa reflete sobre a
autonomia estética da obra de Machado de Assis. Adriany Mendonça discute os principais
aspectos filosóficos presentes na noção de antropofagia desenvolvida por Oswald
de Andrade, enquanto Alexandre Mendonça explora a valorização da cultura
popular feita pelo filósofo Nietzsche. Já Rosa Dias reconstrói a importância da
produtora cinematográfica Belair e do filme A família do Barulho de Julio
Bressane no cenário fílmico, político e cultural brasileiro dos anos 1970. E,
encerrando, Jorge Mautner trata a respeito da atualidade do amálgama cultural
brasileiro, expresso através de suas emblemáticas frases “Ou o mundo se
Brasilifica ou se tornará nazista” e “Jesus de Nazaré e os tambores do candomblé”.

Com o patrocínio da Caixa Econômica Federal, temos o prazer de oferecer um evento que dá a oportunidade do público entrar em contato com alguns dos pensadores que estão promovendo a reflexão da cultura brasileira, haja vista que, em suas áreas de atuação e experiência, todos os
convidados têm promovido importantes contribuições ao tema.
PROGRAMAÇÃO
04/12, terça-feira 18h – Antonio Cícero: Filosofia e Niilismo

19h30 – Ana Cristina Chiara: (Des)natureza discursiva do corpo na filosofia e cultura brasileiras

05/12, quarta-feira 18h – Patrick Pessoa: Brás e o Brasil: a Filosofia da Arte de Machado de Assis19h30 – Luiz Carlos Maciel: O sol da liberdade 06/12, quinta-feira

18h – Adriany Mendonça: Aspectos filosóficos da antropofagia oswaldiana

19h30 – Alexandre Mendonça: Cultura popular e Filosofia

07/12, sexta-feira 18h – Rosa Dias: A família do barulho na Belair de Júlio Bressan

19h30 – Jorge Mautner: A amálgama do Brasil universal

SERVIÇO

Palestras: Filosofia e Cultura Brasileira

Data: de 04 a 07 de dezembro, às 18h e 19h30

Local: CAIXA Cultural – Cinema 1 (Almirante Barroso,
25 – Centro. Próximo ao metrô Carioca)

Informações: 21 3980-3815

www.caixa.gov.br/caixacultural

 

GRÁTIS

 

 

 

 

 

Antonio Cicero – Filosofia e Niilismo

 

 

 

RESUMO:

 

A filosofia maximamente ambiciosa e radical é aquela
em que a razão se mostra maximamente ambiciosa e radical. Trata-se, como dizia
Aristóteles, da primeira filosofia (prwth/ filosofi/a). Tal é a filosofia em
que a razão busca a – ou ao menos, como Descartes o faz, uma – verdade
absoluta, universal, necessária. Ao comparar favoravelmente o estilo filosófico
ensaístico com o tratadístico, em seu ensaio “Der Essay als Form”, Theodor
Adorno põe em dúvida a ambição do segundo de (1) começar ex nihilo, a partir de
uma tabula rasa; (2) pressupor a prioridade do método; (3) separar rigidamente
forma e conteúdo; (4) desprezar o transitório para buscar o atemporal; (5)
confiar na abstração. Acontece que cada uma dessas características
necessariamente pertence à primeira filosofia. 1. A primeira filosofia não pode
deixar de começar ex nihilo, recusando qualquer pressuposto ou preconceito que
não tenha subsistido à crítica; 2. Dado que o método é o caminho para o
conhecimento, a primeira filosofia não poderia ignorá-lo, uma vez que ela
submete todo pressuposto à crítica; 3. Dada a pretensão de universalidade da
primeira filosofia, ela não pode se confundir com nenhuma forma particular; 4.
Como poderia a primeira filosofia deixar de desprezar o transitório, se ela é
aquela que, como diz Aristóteles, “contempla o ente enquanto ente e o que cabe
a ele enquanto tal”?; 5. A confiança da primeira filosofia na abstração é
manifestação da confiança na própria razão, pois a abstração é um dos atos
fundamentais da razão. Na minha palestra tentarei mostrar, (1) que a primeira
filosofia conduz efetivamente a uma verdade absoluta, universal e necessária; e
(2) que tal verdade corresponde ao que diversos filósofos classificaram de
“niilismo”.

 

 

 

Currículo:

 

Poeta e ensaísta, Antonio Cicero é autor, entre
outras coisas, dos livros de ensaios filosóficos O mundo desde o fim (Francisco
Alves, 1995),  Finalidades sem fim
(Companhia das Letras, 2005, e Poesia e filosofia (Record, 2012), bem como dos
livros de poemas Guardar (Record, 1996), A cidade e os livros (Record, 2002) e
Porventura (Record, 2012). Além disso, organizou o livro de ensaios filosóficos
Forma e sentido contemporâneo (Editora da UERJ, 2012) e, em parceria com o
poeta Waly Salomão, O relativismo enquanto visão do mundo (Francisco Alves,
1994). Em parceria com o poeta Eucanaã Ferraz, organizou a Nova antologia
poética de Vinícius de Moraes (Companhia das Letras, 2003). É também autor de
diversas letras de canções, tendo parceiros como Marina Lima, Adriana
Calcanhotto, João Bosco e José Miguel Wisnik.

 

 

 

 

 

Ana Chiara – (Des)natureza discursiva do corpo na
filosofia e cultura brasileiras

 

 

 

RESUMO:

 

O interesse e as investigações em torno do corpo
sempre movimentaram o pensamento, mas nunca estiveram tão urgentes. Livros, cursos
e pesquisas – dos mais variados objetivos – surgem à mancheia. O cuidado com o
corpo e a saúde, meios de controle medicinais, exercícios físicos são tomados,
nos dias atuais, como direito, dever, cidadania, inserção no mercado econômico,
no sistema político e social. Aliados, corpo e discursos artísticos, portanto,
compõem um campo interessante com seus diversos modos de recepção e debates.
Faz-se necessário problematizar esse corpo, explorar a ontologia do sujeito
contemporâneo: de dentro para fora; de fora para dentro; em sua superfície.
Analisando as múltiplas tendências de entendimento do corpo vivo. Ultrapassar
as subjetividades do pensamento sobre o corpo em nosso dia-a-dia e expor a
complexidade da questão das biopolíticas contemporâneas é o desejo maior.

 

 

 

Currículo:

 

Doutora em Letras pela PUC-RJ, Professora Associada
de Literatura Brasileira na Universidade do Estado do Rio de Janeiro desde
1995, dedica-se à pesquisa nos seguintes temas: corpo, sexualidade, memória.
Interessa-se, no momento por imagens verbais, pictóricas ou plásticas que
apresentem a emergência da transitoriedade das formas ou de formas corporais
inéditas e, sobretudo, as possibilidades de a linguagem da arte enunciar essas
formas no conjunto das transformações culturais contemporâneas. Autora dos livros
Pedro Nava: um homem no limiar (EDUERJ,2001) e Ensaios de Possessão
(Irrespiráveis) (Caetés, 2006), e do inédito Teoria em Transe. Participa do GT
ANPOLL de Literatura Comparada e Coordena o GPESq Corpo & Experiência
(http://gpcorpoexperiencia.blogspot.com).

 

 

 

Patrick Pessoa – Brás e o Brasil: A filosofia da
arte de Machado de Assis

 

 

RESUMO:

 

A tentação de atribuir uma filosofia a um autor de
ficção como Machado de Assis não é pequena. Afinal, sua obra é das mais
pródigas em referências aos grandes vultos da história da filosofia e muitos de
seus personagens nutrem a pretensão de serem filósofos. Será, no entanto, que o
simples fato de haver muitos filósofos e muitas filosofias na obra de Machado
de Assis nos autoriza a falar em uma pretensa “filosofia de Machado de Assis”?
Como será discutido na palestra, há algo de paradoxal na tentativa de muitos
dos críticos da obra machadiana de lhe conferirem maior respeitabilidade
atribuindo a seu autor uma filiação filosófica determinada, seja aos céticos, aos
moralistas franceses ou a Schopenhauer. Ao defenderem a ideia de que a grandeza
de um autor de ficção está associada ao fato de possuir uma filosofia, tais
críticos, conscientemente ou não, acabam por rebaixar a literatura,
convertendo-a em mera ilustração da “profundidade” dos filósofos. Além disso,
no que diz respeito aos críticos brasileiros, o rebaixamento da literatura com
relação à filosofia não raro é acompanhado pelo esforço de integrar Machado de
Assis em um problemático “cânone ocidental”. Esse esforço, evidentemente, tende
a enfatizar muito mais o que Machado teria de universal, em detrimento do que
inegavelmente ele tem de brasileiro. No âmbito da tradição da crítica
machadiana, dois pensadores evitam o perigo do universalismo: Roberto Schwarz,
na crítica literária propriamente dita, e Julio Bressane, no cinema. Em diálogo
com Schwarz e Bressane, pretendo refletir sobre a autonomia estética da obra
machadiana, indissociável de sua singularidade brasileira.

 

 

 

Currículo:

 

Patrick Pessoa é professor adjunto do Departamento
de Filosofia da UFF e do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFF.
Integrante do CEFA (Centro de Estudos em Estética e Filosofia da Arte da UFF),
é também co-editor do periódico VISO: Cadernos de Estética Aplicada (www.revistaviso.com.br).
Em 2008, publicou pela Editora Rocco “A segunda vida de Brás Cubas: A
filosofia da arte de Machado de Assis”. Atualmente, dedica-se a finalizar,
em parceira com Alexandre Costa, o livro “A História da Filosofia em 40
Filmes”, e trabalha como dramaturgista, tendo co-traduzido e adaptado as peças
“Na selva das cidades”, de Bertolt Brecht, dirigida por Aderbal Freire-Filho, e
“Oréstia”, de Ésquilo, dirigida por Malu Galli e Bel Garcia.

 

 

 

 

 

Luiz Carlos Maciel – O Sol da Liberdade

 

 

 

RESUMO:

 

A palestra trata da importância da ideia da
liberdade tanto na formação do palestrante quando na experiência de toda sua
geração. O questionamento de tudo que encontrávamos diante de nós, enquanto
crescíamos, foi a resposta ao desafio libertário. Comportamento compulsivo,
moral tradicional, submissão a velhos padrões estéticos, políticos e
religiosos, conformismo generalizado, tudo foi contestado pela visão libertária
que caracterizou a melhor parte de nossa geração.  Tres temas principais são desenvolvidos: (1)
a chamada filosofia da existência, (2) o movimento da expansão da consciência,
e (3) a antropofagia. A ideia de liberdade é central na filosofia de Jean-Paul
Sartre, para quem a existência precede a essência, ou seja, o homem está
condenado a ser livre e a criar a si próprio com suas escolhas. A contracultura
enfatizou a necessidade de uma expansão da consciência para libertar o homem de
seus condicionamentos e alcançar, assim, sua plena liberdade. Finalmente, temos
a antropofagia como uma postura libertária desenvolvida no Brasil por Oswald de
Andrade e retomada, nos anos 60, pelo movimento tropicalista. O oposto da
liberdade é a repressão, todos os tipos de repressão, tanto as externas quanto
internas. Lutamos contra a repressão externas em todos os níveis – o sexual, o
político, o artístico, o religioso – e lutamos contra as repressões internas
que são, naturalmente, as mais difíceis de vencer e que, apesar de tudo,
continuam assombrando tantos de nós.

 

 

 

Currículo:

 

Luiz Carlos Maciel nasceu em 1938, em Porto Alegre.
É escritor, jornalista, diretor de teatro, roteirista de cinema e televisão e
professor. Bacharel em Filosofia, pela Faculdade de Filosofia da Universidade
do Rio Grande do Sul. Estudou direção teatral e playwriting no Carnegie Institute
of Technology, em Pittsburgh, USA. Assinou artigos e colunas sobre artes e
espetáculos em vários jornais e revistas, como Última Hora, O Jornal, Tribuna
da Imprensa, O Globo, Jornal do Brasil, Veja, etc. e foi um dos fundadores do
lendário Pasquim. Foi o editor das páginas do Underground, no Pasquim, que
divulgou a contracultura no Brasil. Entre os livros que publicou estão os
seguintes: Samuel Beckett e a Solidão Humana – IEL, PA – 1960; Sartre, vida e
obra – Paz e Terra, RJ -1967; Nova Consciência – Eldorado, RJ – 1972; Morte
organizada – Global, SP – 1975; Negócio Seguinte: – Codecri, RJ – 1978; Anos 60
– LPM, PA -1987; Geração em Transe. Memórias do tempo do tropicalismo – Nova
Fronteira, RJ – 1996; As Quatro Estações – Record, RJ – 2002; O Poder do Clímax,
Fundamentos do Roteiro para Cinema e TV – Record, RJ – 2003.

 

 

 

 

 

Adriany Mendonça – Aspectos filosóficos da
antropofagia oswaldiana.

 

 

RESUMO:

 

O objetivo da palestra é discutir os principais
aspectos filosóficos presentes na noção de antropofagia desenvolvida por Oswald
de Andrade, a partir da leitura de dois textos específicos: o Manifesto
Antropófago (1928) e, sobretudo A crise da Filosofia Messiânica (1950). O
primeiro, e mais conhecido, pertence ainda à fase modernista da obra de Oswald
e o segundo foi desenvolvido posteriormente como uma tese quando ele pretendia
concorrer à cátedra de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras
da USP – o que acabou por não acontecer. Interessa mais diretamente explorar de
que modo, pra além de uma aparência hegeliana na formulação de suas teses
principais, e da aliança estabelecida com a perspectiva crítica presente em
autores como Marx e Freud, Oswald busca estabelecer um elo ainda mas forte com
a obra de Nietzsche ao se apropriar do gesto crítico radical nietzschiano de
questionamento da herança metafísica no pensamento ocidental. A deglutição de
Nietzsche seria um dos aspectos centrais da antropofagia, e estaria refletida
nos referidos textos de Oswald não apenas nos momentos em que há convergência
temática entre os dois autores, mas na própria estratégia crítico-criativa
adotada pelo brasileiro na constituição de seu pensamento e de sua obra.

 

 

 

Currículo:

 

Adriany Mendonça é doutora e mestre em Filosofia
pela UERJ, tem graduação em Comunicação Social (Jornalismo) pela UFRJ, e
atualmente é professora adjunta do Departamento de Filosofia do IFCS/UFRJ, onde
exerce a função de Coordenadora de Graduação em Filosofia. Além disso, é
integrante do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFRJ (PPGF/UFRJ).

 

 

 

 

 

Alexandre Mendonça – Cultura popular e Filosofia

 

 

 

RESUMO:

 

Se, em sua primeira publicação, O nascimento da
tragédia, já chamam a atenção tanto o apreço que Nietzsche parece nutrir por
elementos que evidenciam a riqueza e a força da cultura popular quanto seu
desprezo pela cultura moderna e pelos discursos difundidos pelas instituições
de ensino, pode-se dizer que este posicionamento afetivo e teórico se torna
ainda mais explícito – e mesmo que ele se desenvolve – em seus escritos
imediatamente posteriores, redigidos quando ainda atuava como professor na
Universidade da Basiléia. Nesses que ficaram conhecidos como seus Escritos
sobre educação, Nietzsche é bastante sensível a uma distinção entre o que seria
a cultura popular genuína e aquilo que se poderia chamar de cultura de massas.
Por este viés, o que hoje chamamos de cultura de massas não seria senão efeito
de uma série de dispositivos próprios da decadente cultura moderna.
Dispositivos que, ao atribuir à cultura popular uma imagem negativa e esvaziada
de valor, contribuiriam para o seu enfraquecimento. Seria desta negação, desse
esvaziamento do popular que se forjaria, por exemplo, a suposta superioridade
do erudito, do intelectual acadêmico, do cientista. Na contramão desta
tendência, Nietzsche investe em uma surpreendente valorização da cultura
popular: nela ele identifica traços de nobreza e passa considerá-la como
terreno a ser propriamente cultivado para que misteriosamente surja e se
desenvolva o que quer que possa vir a ser chamado de superior. É como antídoto
contra o aprofundamento do processo de decadência pelo qual viria passando o
Ocidente que ele desenvolve então sua contundente crítica à cultura moderna, ao
cientificismo e ao papel desempenhado pelas instituições de ensino. Talvez se
possa extrair desses aspectos da filosofia nietzschiana diferentes perspectivas
de abordagem acerca da cultura brasileira, de seus elementos constitutivos.
Talvez se possa encontrar entre Oswald Andrade, o Teatro Oficina, Glauber
Rocha, Helio Oiticica, e a Tropicália, por exemplo, certa cumplicidade na
maneira de se tematizar e enfrentar alguns impasses experimentados em relação à
própria concepção do que seria a cultura brasileira. Cumplicidade que de modo
mais ou menos explícito talvez não deixe de remeter à Nietzsche.

 

 

 

Currículo:

 

Alexandre Mendonça Doutor em Filosofia pela UFRJ,
mestre em Filosofia pela UERJ e graduado em Jornalismo pela UFF. Atualmente é
professor adjunto da Faculdade de Educação da UFRJ. Possui diversas publicações
na área da Filosofia da arte, dentre elas artigos para a revista Cadernos
Nietzsche, e participações em eventos acadêmicos e culturais. Mais recentemente
vem colaborando com produções teatrais e fazendo participações em espetáculos
como Sobre o caminhar, da Cia Underconstruction, A chegança do almirante negro
à pequena África, da Grande Cia Brasileira de Mistérios e Novidades, e ainda O
Homem de confiança, do coletivo 5 Vigaristas.

 

 

 

 

 

Rosa Dias – A família do barulho na Belair de Júlio
Bressane.

 

 

RESUMO:

 

A palestra tem por objetivo reconstruir a
importância de A família do Barulho de Julio Bressane no cenário fílmico,
político e cultural brasileiro em 1970. Dois jovens cineastas brasileiros
fundam, em 1970, a Belair Filmes. Rogério Sganzerla e Julio Bressane realizam
sete filmes de longa metragem em apenas cinco meses, mais precisamente, de
janeiro a maio de 1970. A Família do Barulho, Carnaval na Lama, Barão Olavo, o
Horrível, Copacabana, mon amour, Cuidado, Madame, Sem Essa Aranha, A Miss e o
Dinossauro. Esse movimento cinematográfico tão importante quanto o movimento
tropicalista no final dos anos sessenta pelo seu perfil de ruptura com os
padrões e clichês existentes precisa ser reconstruído.

 

 

 

Currículo:

 

Rosa Dias Professora do Departamento de Filosofia da
UERJ. Autora dos livros Nietzsche educador; Nietzsche e a Música; Amizade
Estelar: Schopenhauer, Wagner e Nietzsche; Lupicínio e a Dor de Cotovelo e
Nietzsche, vida como obra de arte. Organizadora dos livros Arte brasileira e
Filosofia; Assim falou Nietzsche III: para uma filosofia do futuro e Leituras
de Zaratustra.

 

 

 

 

 

Jorge Mautner – A amálgama do Brasil universal

 

 

 

RESUMO:

 

A minha palestra será sobre a Amálgama de José
Bonifácio de Andrade e Silva, que assim nos descreveu como único país a possuir
tamanha originalidade e importância mundial por isso. Falarei sobre a
atualidade do tema o que se torna claro na minha frase: “Ou o mundo se
Brasilifica ou se tornará nazista”. E: “Jesus de Nazaré e os tambores do
candomblé”. Farei breve interpretação das imensas e profundas culturas
indígenas, nossa pré-história, os Templários tornando-se Cavaleiros de Cristo,
a criação da Escola de Sagres, a reinterpretação do Candomblé pela cultura
negra aqui no Brasil, e a urgência deste tema, dando como um dos exemplos a
tese do neonazista norueguês, que define claramente que todo o mal que ele
combate vem deste medonho país chamado Brasil, e de onde, segundo ele, vem toda
esta onda mundial de multiculturalismo.

 

 

 

Currículo:

 

Prêmio Jabuti em 1962 pelo livro Deus da Chuva e da
Morte, primeiro artigo sobre mim foi escrito por Dora Ferreira da Silva na
revista Diálogo número 13, intitulado “Jorge Mautner Oroborus”. Fui
descoberto por Paulo Bonfim,Vicente Ferreira da Silva de quem Oswald de Andrade
disse ser o maior pensador do Brasil. Dois Grammys um com Caetano pelo CD
“Eu não peço desculpa” e outro pela música do mesmo CD “Todo
Errado”. Ordem do Mérito Cultural do governo brasileiro. Cruz de Honra da
Ciência e da Cultura do governo da Áustria. Comenda da Câmara de vereadores de
São Paulo. Comenda da Câmara de vereadores do Rio de Janeiro por minhas
atividades pioneiras sobre Ecologia e Meio Ambiente, em toda minha obra
literária e musical, descrita em destaque nos livros “Fragmentos de
Sabonete” publicado em 1973 e “Panfletos da Nova Era publicado em
1978. Esta Comenda foi iniciativa de Alfredo Sirkis e Aspasia Camargo do
Partido Verde. Prêmio Orilaxé do Afro-Reggae. Cidadania Soteropolitana.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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