Festa do Frevo

 

 

 

Os olindenses serão acordados ao som do aniversariante do dia, na próxima sexta-feira, 9 de fevereiro, quando o frevo comemora 100 anos de vida. A partir das 6h, uma mega-orquestra com músicos tocando o ritmo vai sair do Alto da Sé e percorrer as ladeiras do Sítio Histórico de Olinda. A festa do Centenário do Frevo, que é o tema do Carnaval 2007 de Olinda, terminará em frente ao prédio da Prefeitura. No entanto, as homenagens continuam durante a noite.

 

O cortejo matinal também vai contar com a participação dos principais bonecos gigantes da cidade, com destaque para a participação do calunga do Homem da Meia-Noite, um dos homenageados da festa de Momo em Olinda, e de estandartes de tradicionais agremiações olindenses. Além da presença de turistas, a Prefeitura de Olinda espera a intensa participação dos moradores da cidade. A comemoração dos 100 anos do frevo continua à noite, a partir das 19h, com desfile dos blocos tradicionais como Lenhadores – o segundo homenageado -, Pitombeira, Elefante, Flor de Lira, Marim dos Caetés e Cheguei Agora.

 

HISTÓRIA – A palavra frevo foi publicada pela primeira vez no dia 9 de fevereiro de 1907, no extinto Jornal Pequeno. A nota, uma descoberta do pesquisador Evandro Rabello, citava um ensaio do clube Empalhadores do Feitosa, do bairro do Hipódromo, no Recife. Um das músicas do repertório chamava-se O Frevo. Mas a palavra é uma expressão popular mais antiga e vem de ferver e, por corruptela, frever, sinônimo de festa quente, animada. Dizem que quem lançou o vocábulo foi o escritor Osvaldo de Almeida (pseudônimos Paulo Tadeu e Pierrot).

 

A marcha pernambucana, como foi inicialmente chamada, nasceu do dobrado entoado pelas bandas militares. O artista multicultural Antônio Carlos Nóbrega afirma que “a decorrência do dobrado para a marcha pernambucana foi uma singularidade nossa. Em nenhum lugar do Brasil a marcha dobrado desaguou no frevo”. As bandas das corporações militares acompanhavam as agremiações carnavalescas e os clubes pedestres, que posteriormente foram chamados clubes de rua. À frente das agremiações, estava a figura do brabo, adestrado pelos capoeiras que, ao longo do tempo, foram desenvolvendo com o ritmo das marchas os passos do frevo.

Compartilhar: