Patrimônio Cultural Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural avalia, dia 3, cinco bens a serem tombados pelo Iphan. O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural examina nesta terça-feira (3 de maio), em Brasília, cinco propostas de tombamento federal de bens localizados nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Norte do país. Na primeira reunião deste ano, os integrantes do colegiado vão avaliar as candidaturas do acervo do Museu do Trem, situado na cidade do Rio de Janeiro, dos centros históricos de Belém, no Pará, e de Jaguarão, no Rio Grande do Sul, do terreiro Zogbodo Male Bogun Seja Unde de Cachoeira, na Bahia, e de 13 bens identificados pelo projeto Roteiros Nacionais de Imigração em Santa Catarina. Os processos de tombamento desses bens foram instruídos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), instituição vinculada ao Ministério da Cultura.
Dentre os bens tombados, o Museu do Trem é uma das maiores referências da memória ferroviária do país. Com mais de mil itens considerados de valor histórico, a coleção abrange equipamentos ferroviários, utensílios, mobiliário e até locomotivas como a Baroneza, construída na Inglaterra, movida a vapor e a primeira a trafegar na estrada de ferro de Petrópolis. Já o Centro Histórico de Belém possui um cenário que remonta ao ano de 1616, quando o Brasil colônia expulsou, em definitivo, os franceses do território.
O Terreiro Zogbodo Male Bogun Seja Unde, também conhecido como Roça do Ventura, é uma casa de candomblé matricial de tradição jeje-mahi, em Cachoeira, na Bahia. A proposta de tombamento abrange todo o sitio natural e os elementos edificados, além árvores referenciais dos ritos Jeje.
Mantendo a proposta de ampliar o número de itens protegidos em todo o país e de garantir o acesso e o envolvimento da sociedade com seu patrimônio cultural, o Iphan tem incrementado nos últimos anos a realização de inventários, para efetivar tanto o tombamento de bens materiais quanto o registro de bens imateriais relacionados com as diversas manifestações da sociedade brasileira. Neste sentido, um conjunto de 20 novos bens culturais tiveram sua proteção federal aprovada nas quatro reuniões do Conselho Consultivo promovidas em 2010.
O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural
O Conselho que avalia os processos de tombamento e registro de bens do patrimônio cultural brasileiro, é presidido por Luiz Fernando de Almeida, presidente do Iphan. O colegiado é formado por especialistas de diversas áreas como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 22 conselheiros, que representam o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos), a Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Ministério da Educação, o Ministério das Cidades, o Ministério do Turismo, o Instituto Brasileiro dos Museus (Ibram), a Associação Brasileira de Antropologia (ABA), e mais 13 representantes da sociedade civil, com especial conhecimento nos campos do patrimônio cultural
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