“História e solidão: a poesia de Alphonsus de Guimaraens”

Nessa quinta, dia 22 de março, a Academia Mineira de Letras recebe a palestra “História e solidão: a poesia de Alphonsus de Guimaraens”, com o professor doutor Anelito de Oliveira, a partir das 19h30.

O evento faz parte do programa Universidade Livre – Plano Anual de Manutenção AML, realizado mediante a Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Unimed-BH, por meio do incentivo fiscal de mais de 4,5 mil médicos cooperados e colaboradores. A AML integra o Circuito Liberdade.

O debate liderado por Anelito de Oliveira aborda questões como: quem é Alphonsus de Guimaraens, um dos maiores poetas lusófonos; qual o significado de sua obra, num contexto de desvalorização extrema da poesia; como se dá a relação entre poesia e história e o que é a “cultura do barroco”, como se manifesta na história mineira e qual sua relação com as letras.

Em pauta, as discussões sobre a obra do mineiro Alphonsus de Guimaraens, nascido em Ouro Preto, em 1870, e falecido em 1921. O escritor é considerado o nome mais importante do simbolismo no Brasil ao lado do catarinense Cruz e Sousa (1861/1898). A partir de pressupostos teórico-metodológicos novos, o palestrante tem o objetivo de demonstrar a importância dessa obra para a compreensão da relação agonística, conflituosa, entre Sujeito e Estado em Minas Gerais e no Brasil.

O pressuposto principal é que o “solitário de Mariana” expressa, à sua maneira, a “cultura do barroco”, tal qual pensada pelo espanhol José Antonio Maravall em seu livro La cultura del barroco (1975), cujas características principais são o urbanismo, o dirigismo, o conservadorismo, o massivismo, o que torna complexo o esteticismo típico do Simbolismo em Alphonsus, fazendo com que seu  sentido de “l´art pour l´art” (arte pela arte) seja um dispositivo de intensificação dos antagonismos históricos.

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