Durante muito tempo, alguns escritos reverenciaram o francês Louis Daguerre como o “inventor” ou descobridor da fotografia, ou seja, aquele que primeiro produziu uma imagem fixa pela ação direta da luz. Diz a história que, em 1835, ao fazer pesquisa em seu laboratório, Daguerre estava manipulando uma chapa revestida com prata e sensibilizada com iodeto de prata, que não apresentava nenhum vestígio de imagem. No dia seguinte, a chapa, misteriosamente, revelava formas difusas. Estava criada uma lenda: o vapor de mercúrio proveniente de um termômetro quebrado teria sido o misterioso agente revelador.
Rapidamente, Daguerre aprimorou o processo, passando a utilizar chapas de cobre sensibilizadas com prata e tratadas com vapores de iodo. O revelador era o mesmo mercúrio aquecido e o fixador, uma solução de sal de cozinha. Já em 1839, sua invenção, batizada de daguerreótipo – nome pelo qual a fotografia foi conhecida durante décadas – foi vendida ao governo francês em troca de uma polpuda pensão vitalícia.
Daguerre, mais do que um competente pesquisador, era um hábil comerciante. Provavelmente, a lenda do acaso na descoberta do revelador foi apenas uma jogada de marketing. Sem dúvida, Daguerre vinha trabalhando na idéia há muito tempo, acompanhando de perto, desde 1829, seu sócio na pesquisa da heliografia (gravação através da luz): Joseph Nicéphore Niépce, este sim o primeiro a obter uma verdadeira fotografia.
Ao contrário de seu colega, Niépce era arredio, de poucas falas, compenetrado na invenção de aparelhos técnicos e na idéia de produzir imagens por processos mecânicos através da ação da luz. O apego à produção de imagens começou com a litografia em 1813, curiosamente uma atividade ligada às artes, outra das áreas dominadas por Daguerre, talentoso pintor e desenhista de cenários.
Em 1816, Niépce iniciou os estudos com a heliografia. Só dez anos depois conseguiu chegar à primeira imagem inalterável: uma vista descortinada da janela do sótão de sua casa. Os resultados, porém, não foram nada auspiciosos. Utilizando verniz de asfalto sobre vidro e uma mistura de óleos fixadores, o processo não era muito prático para se popularizar. Daí os méritos inegáveis de Daguerre. Seus experimentos podiam ser repetidos sem grandes dificuldades por qualquer pessoa e o resultado era melhor. O primeiro daguerreótipo foi obtido dois anos após a morte de Niépce, mas, sem suas descobertas, talvez não tivesse acontecido.
Talbot, o Princípio do Negativo
Outros dois nomes devem ser lembrados na história daquilo que se entende hoje por fotografia. Daguerre e outros continuaram a aperfeiçoar as chapas sensíveis, os materiais de revelação e fixação e até mesmo as objetivas. Mas foi uma invenção de Josej Petzval, matemático húngaro, que libertou os primeiros fotógrafos dos absurdos tempos de exposição, que chegavam à 30 minutos nos primórdios: uma lente dupla, formada por componentes distintos, com abertura f 3.6, trinta vezes mais rápida do que as tradicionais lentes Chevalier, adotadas até então.
Mesmo assim, o invento não resolvia o problema final para a total popularização da fotografia: a reprodução, pois todos os processos produziam um só positivo. Foi o inglês Fox Talbot que resolveu a pendenga, ao criar o sistema para reprodução infindável de uma imagem fotográfica a partir da chapa exposta, o negativo. Isto ocorreu na década de 40 do Século XIX. De lá para cá, todas as demais invenções foram aperfeiçoamentos de um mesmo sistema. Outra revolução igual só aconteceria com o advento da câmara digital.
O Brasil na Rota dos Pioneiros
Se não em todas as áreas, com certeza na das invenções e descobertas, a história não tem sido justa com muita gente. A França, sem dúvida, foi a mãe da fotografia. Mas não se pode definir precisamente o pai. Hoje, graças ao trabalho incansável e obstinado do jornalista e professor Boris Kossoy, um terceiro nome disputa a paternidade da fotografia: Antoine Hercule Romuald Florence, francês de nascimento, mas brasileiro de mulher (duas), filhos (20), netos, bisnetos e tataranetos. Kossoy investiu, de 1972 a 1976, numa das mais ardorosas pesquisas e reconstituições de métodos, técnicas e processos já realizadas no Brasil para levar uma pessoa do anonimato ao pódio dahistória.
Hercules Florence, como ficou internacionalmente conhecido a partir da publicação do livro de Kossoy, “1833: a Descoberta Isolada da Fotografia no Brasil” (editora Duas Cidades, 1980), nasceu em 1804, em Nice, e, com a ajuda do pai, pintor autodidata, estudou artes plásticas. Aos 20 anos, sua natureza inquieta e uma insistente falta de emprego o conduzem a um desconhecido Rio de Janeiro, onde passa um ano como modesto caixeiro de uma casa comercial e, depois, vendedor de livros. Pelos jornais descobre a vinda do famoso naturalista russo Langsdorff e é aceito como segundo desenhista daquela que viria a ser uma das maiores e mais profícuas expedições científicas realizadas no Brasil dos séculos passados.
A contribuição de Florence à ciência, às artes e à história estava apenas começando. Em 1829, com o fim da expedição, ruma para São Paulo, e, em 1830, inventa seu próprio meio de impressão, a Polygrafie, já que não dispunha de um prelo. Gosta da idéia de procurar novos meios de reprodução e descobre isoladamente um processo de gravação através da luz, que batizou de Photografie, em 1832, três anos antes de Daguerre. A ironia histórica, oculta por 140 anos, é que o processo era mais eficiente do que o de Daguerre. Já em 1833 utilizou uma chapa de vidro em uma câmara escura, cuja imagem era passada por contato para um papel sensibilizado.
O livro e o trabalho de Kossoy, incluindo a reprodução dos métodos registrados por Florence nos laboratórios do Rochester Institute of Technology, levaram ao reconhecimento internacional do pesquisador franco-brasileiro, e até a França assimilou que a fotografia tem múltiplas paternidades.
Fonte: www.fujifilm.com.br
História da Fotografia
A primeira pessoa no mundo a tirar uma verdadeira fotografia – se a definirmos como uma imagem inalterável, produzida pela ação direta da luz – foi Joseph Nicéphore Niepce, em 1826. Ele conseguiu reproduzir, após dez anos de experiências, a vista descortinada da janela do sótão de sua casa, em Chalons-sur-Saône.
Por volta de 1822, Niepce já trabalhara com um verniz de alfalto (betume da Judéia), aplicado sobre vidro, além de uma mistura de óleos destinada a fixar a imagem. Com esses materiais, obteve a fotografia das construções vistas da janela de sua sala de trabalho – após uma exposição de oito horas. Contudo aquele, aquele sistema heliográfico era inadequado para a fotografia comum, e a descoberta decisiva seria feita por um cavalheiro muito mais cosmopolita: Louis Daguerre.
Ela ocorreu em 1835, quando Daguerre apanhou uma chapa revestida com prata e sensibilizada com iodeto de prata, e que apesar de exposta não apresentara sequer vestígios de uma imagem, e guardou-a, displicentemente, em um armário. Ao abri-lo, no dia seguinte, porém, encontrou sobre ela uma imagem revelada. Criou-se uma lenda em torno da origem do misterioso agente revelador – o vapor de mercúrio -, sendo atribuído a um termômetro quebrado. Entretanto, é mais provável que Daguerre tenha despendido algum tempo na busca daquele elemento vital, recorrendo a um sistema de eliminação. Em 1837, ele fá havia padronizado esse processo, no qual usava chapas de cobre sensibilizadas com prata e tratadas com vapores de iodo e revelava a imagem latente, expondo-a à ação do mercúrio aquecido. Para tornar a imagem inalterável, bastava simplesmente submergi-la em uma solução de aquecida de sal de cozinha.
Pode-se perceber que a fotografia não é descoberta de um único homem. Muitas experiências de alquimistas, físicos e químicos sobre a ação da luz, foram de extrema relevância no contexto da fixação de imagens. As descobertas se entrelaçam no mundo de domínio da fotoquímica.
A história da fotografia está, portanto, diretamente ligada ao estudo da luz e dos fenômenos óticos.
Ainda na Grécia antiga, o filósofo Aristóteles (384-322 a.C.) constata que raios de luz solar, durante um eclipse parcial, atravessando um pequeno orifício, projetam na parede de um quarto escuro, a imagem do exterior. Este método primitivo de produzir imagens recebe o nome de câmara escura, usada pela primeira vez com utilidade prática pelos árabes, no século XI, para observar os eclipses.
Nesta primitiva câmara, encontram-se os princípios básicos da câmera fotográfica.
1100 – 1600
1100 – Abu-Ali al Hasan (965-1034), astrônomo e óptico árabe, em obra que publica, descreve a idéia da formação de imagens, através da utilização dos primitivos conceitos de câmara escura (muito próximo do que seus sucessores, séculos a frente, chamariam de correto).
1267 – Roger Bacon (1214-1294), filósofo inglês, utiliza o método da câmara escura para observar eclipses solares, sem danificar os olhos. 1500 – Robert Boyle observa que o cloreto de prata fica preto quando exposto à luz, mas interpreta que este fato acontece pela ação do ar (ao invés da ação da luz).
1520 – Leonardo da Vinci (1452-1519), italiano, deixa a descrição mais completa do período pré-industrial do processo de aparecimento de uma imagem invertida em uma “câmara escura”, em seu livro de notas sobre os espelhos, que é publicado em 1797.
“A imagem de um objeto iluminado pelo sol penetra num compartimento escuro através de um orifício. Se colocarmos um papel branco do lado de dentro do compartimento, a uma certa distância do orifício, veremos sobre o papel a imagem com suas próprias cores, porém invertida, devido à interseção dos raios solares”.
A câmara escura, na época, passou a ser importante método auxiliar utilizada por pintores e projetistas. Uma folha de papel ficava presa a parede onde a imagem era projetada ao contrário e o artista a “fixava” desenhando seus contornos.
1526 – Fabrício, alquimista da idade média, relata que o composto cloreto de prata enegrecia quando exposto à luz.
1545 – Reiner Gemma Frisius, físico e matemático holandês, faz a primeira ilustração do processo da câmara escura.
1553 – Giambatista Baptista della Porta (1541-1615), físico italiano, mesmo indo contra os interesses da igreja, aperfeiçoou o desenho da câmara escura, em seu livro Magia Naturalis sive de Miraculis Rerum Naturalim.
1558 – Geronomo (Girolano) Cardano, físico italiano, soluciona o problema de nitidez da imagem ao sugerir o uso de lentes biconvexas junto ao orifício da câmara escura.
1558 – Danielo Barbaro, também, menciona em seu livro “A pratica da Perspectiva”, que variando o diâmetro do orifício, é possível melhorar a imagem.
1580 – Friedrich Risner descreve uma câmara portátil, mas a publicação só é feita após sua morte na obra Optics de 1606.
1600 – 1800
1604 – Ângelo Sala, cientista italiano, observa que um composto químico a base de prata escurecia quando exposto ao Sol.
1620 – Johann Kepler, durante sua viagem pela Alta Áustria, utiliza uma tenda para desenhos topográficos, utilizando uma lente e um espelho, para obter uma imagem sobre um tabuleiro de desenho no interior da câmara.
1676 – Johann Chirstph, professor de matemática da Universidade alemã de Altdorf, em sua obra Collegium Experimentale sive curiosum, descreve e ilustra uma câmara escura que utiliza interiormente um espelho a 45° que reflete a luz, vinda da lente, para um pergaminho azeitado, colocado horizontalmente. Desta forma, cria o primeiro aparelho portátil de câmara escura. O grande quarto, com espaço para um homem trabalhar tranforma-se em uma pequena caixa. Quase duzentos anos depois de Fabrício, o alquimista, ainda se acreditava que a prata ficava preta por estar velha.
1727 – Johann Heirich Schulze, professor de anatomia de Altdorf, descobre e comprova que o fenômeno do engrecimento da prata se deve a incidência da luz.
1777 – Karl Wilhem Scheele, químico sueco, estudou a reação do Cloreto de Prata as diversas radiações do espectro e sugere o uso de amoníaco como fixador.
1780 – Charles, físico francês, com base nas experiências anteriores, projetava objetos sobre uma folha de papel impregnada de cloreto de prata (algo muito semelhante a uma técnica básica utilizada até hoje em trabalhos artísticos – FOTOGRAMA).
1790 – Thomas Wedgood, obtém grande sucesso na captação de imagens, sobre um pedaço de couro branco, mas os traços não sobrevivem. Nesta época, ele não conhece uma técnica eficiente para fixar a imagem.
1800 – 1900
1826 – Joseph Nicéphore Niépce, no início do século XIX, trabalha com litografia. Pesquisa por dez anos substâncias que captem uma imagem em uma placa metálica (cobre polido).
O negro betume branqueava quando exposto à ação da luz solar – por aproximadamente 8 horas. A parte do betume agora branco não era mais solúvel em essência de Alfazema. Sabendo disto, cobria a placa com betume da Judéia, expunha-na à luz de uma projeção da câmara escura e submetia esta placa a um banho de essência de alfazema. Na seqüêcia, espalhava ácido sobre a placa, o qual corroí os lugares desprotegidos. Finalmente, removia o restante do betume e tinha uma imagem gravada em baixo relevo na placa metálica. Niépce havia criado o que hoje se chama de Heliografia.
Com uma câmera escura construída pelo ótico francês Chevalier e uma dessas placas, Niépce, conseguiu a imagem dos telhados, vistos pela janela do sótão de sua casa de campo, na França. Através dos irmãos Chevalier, famosos óticos em Paris, Niépce conhece outro entusiasta da procura por obter imagens através de um processo químico, Louis Jacques Mandé Daguerre (1787-1851), pintor francês, inventor do diograma, um tetro de efeitos a base de luz de velas. Espetáculo de enormes painéis translúcidos e coloridos, com fusão e tridimensionalidade. Parecido com o milenar teatro de sombras chinês.
Em 1829, após contatos por correspondência, firmam uma sociedade com propósito de aperfeiçoar a heliografia. A sociedade não prospera e após a morte de Niépce, em 1833, Daguerre continua o trabalho, substituindo o betume da Judéia por prata halógena.
Em 1853, Daguerre descobre que uma imagem quase invisível, latente, pode ser revelada com vapor de mercúrio, reduzindo assim de horas para minutos o tempo de exposição – diz a lenda que Daguerre guardou uma placa sub exposta dentro de um armário, onde havia guardado um termômetro de mercúrio quebrado. Ao amanhecer, Daguerre constatou que havia uma imagem visível e de intensidade satisfatória na placa. Nas áreas atingidas pela luz havia o amálgama criado pelo mercúrio, formando as áreas claras da imagem.
1839 – , sete de janeiro – Louis Jacques Mandé Daguerre (1787-1851), divulga o processo de Daguerreotipia e, em 19 de agosto , a Academia de Ciências de Paris, divulga ao público. Surge a primeira forma popular de fotografia. O tempo de exposição é em torno de 4 mil segundos.
Daguerre vende sua idéia ao governo Francês por uma pensão vitalícia de 6 mil francos. Dias antes, Daguerre, requer a patente de seu invento na Inglaterra. O invento toma conta dos centros urbanos, vários pintores acusam a fotografia de matar a pintura. Mas foi através dessa adaptação cultural, que nasce o impressionismo e o dadaísmo ( a arte pela arte).
1840 – Sir Charles Wheatstone, inglês, cria uma engenhoca denominada visor estereoscópio, para visualizar fotografias em 3D. Neste mesmo ano, Daguerre aprimora seu invento e lança o Daguerrótipo brometizado, reduzindo o tempo de exposição para aproximadamente 80 segundos. Willian Henry Fox Talbot, na Inglaterra, lança um processo denominado Calótipo. Um processo semelhante aos anteriores mas, quando exposta a luz, produz um negativo e através da técnica de contato obtém-se o positivo. Com base em uma folha de papel impregnada de nitrato e cloreto de prata (algumas vezes é usado o iodeto de potássio), depois de seca, é feito o contato com objetos e obtém um silhueta escura. Fixada, posteriormente, com amoníaco ou solução concentrada de sal. É tido como o primeiro processo prático para a produção de um número indeterminado de cópias a partir do negativo original.
1844 – O primeiro livro ilustrado com fotografias, The Pencil of Nature, é publicado por Talbot e editado em seis volumes, com vinte e quatro talbotipos contendo a explicação de seu trabalho e estabelecendo padrões de qualidade. O problema da técnica é que o suporte do negativo é papel e na passagem para o positivo perdiam-se detalhes.
1847 – Abel Niépce, primo de Nicéphore Niépce, desenvolve o processo da albumina que utilza uma placa de vidro coberta com clara de ovo, sensibilizada com iodeto de potássio e nitrato de prata. Revelada com ácido gálico e fixada a base de tiosulfato de sódio. A albumina, é mais preciosa em detalhes e o tempo de exposição é de 15 minutos.
1850 – Nesta época, era moda, sinônimo de status, ter uma imagem gravada em portraits ou em miniaturas, como colares, anéis, relógios, etc.
1851 – Morre Daguerre. Frederick Scott Archer, escultor inglês, inventa o processo de colódio úmido (uma mistura de algodão, pólvora, álcool e éter – usado como veículo para unir sais de prata as placas de vidro) menos dispendioso que os anteriores e o resultado era de ótima qualidade. A placa é exposta ainda úmida na câmera escura e o tempo de exposição é de 30 segundos. Este processo é dez vezes mais sensível que a albumina.
Neste período, com a simplificação do processo fotográfico, algumas pessoas começam a questionar a única função da fotografia: retratista. A partir desta fase, aparecem os trabalhos mais criativos.
1855 – Roger Fenton (1819-1869) faz as primeiras fotos de guerra, quando cobriu a guerra da Criméia para um jornal inglês.
1855 – Aparecem algumas fotografias pintadas a mão, o que dá um toque de realismo e tenta comparar a fotografia às pinturas.
1858 – Gaspard Félix Tournachon (1820-1910) ele mesmo se chamava de NADAR, foi um dos primeiros fotógrafos a usar a câmera criativamente, ou seja, como algo diferente da função retratista. Acentuava as poses e os gestos das pessoas que fotografava querendo mostrar o caráter da pessoa. Em paris, tirou as primeiras fotografias aéreas, abordo de um balão, em 1858 e foi responsável, também, pelas primeiras fotografias subterrâneas, nas catacumbas de Paris, utilizando pela primeira vez a luz elétrica e manequins substituindo as pessoas, devido a excessivo tempo de exposição.
1865 – Julia M. Cameron (1815-1879) a mais notável ratratista inglesa do século passado. Utilizava de maneira muito criativa a luz. Fotografou pessoas famosas, como: Charles Darwin, Sir John Herschel cientista amigo de Talbot, responsável pelos termos positivo e negativo; na Europa é também conhecido como o criador do termo “fotografia”.
1871 – Richard Leach Maddox, médico inglês, fixa o brometo de prata em uma suspensão gelatinosa, criando assim o processo de chapas secas. O processo que substitui o colódio úmido é publicado no British Journal of Photograph, em setembro. De início o processo tem a desvantagem de ser mais lento, mas logo é aperfeiçoado e cria-se a placa seca de gelatina e com produção industrial. A partir de então foi possível fotografar o movimento (tempo de exposição: 1/2 segundo) e o design das câmeras é aprimorado, ou seja, ficam menores, mais leves e mais próximas ainda das pessoas.
1873 – Surgem os banhos coloridos com uso de corantes (tipo banho sépia ou azul) e aumenta-se a sensibilidade às cores, banhando-se a emulsão fotossensível em anilina, criando o filme ortocromático.
1884 – George Eastman, lança o filme em rolo com vinte e quatro chapas, com base de papel e gelatina. Em 1886, a Eastman Dry Plate Company, passa chamar-se Kodak. Em 1888, a grande novidade: a câmera Kidak, com sistema de “bate-pronto”, com o slogan: Você aperta o botão e nós fazemos o resto. O cliente compra a câmera, por 25 dólares, com 100 chapas, mais tarde devolve à fábrica que então revela as fotografias e retorna o filme revelado, a câmera e mais um rolo de 100 chapas.
1889 – Henry M. Reichenbach químico da Kodak, produz o negativo a base de selulóide e gelatina. Graças à febre da função retratista, muitos retratos de pessoas célebres são legados ao futuro, como foi o caso de Baudelaire e da menina Alice Liddell, que inspirou o reverendo Lewis Carrol a escrever “Alice no país das maravilhas”. Nesta época, o tempo de exposição já alcançava a fração de 1/10 segundos.
1900 – 1965
1900 – Willian Henry Jackson (1843-1942), norte-americano, no fim do século XIX e início do século XX, faz algo mais do que gravar um acontecimento, usa suas fotos para persuadir e convencer. Fotos do oeste americano, da área de YELLOWSTONE ajudam a persuadir o Congresso a estabelecer o Parque Nacional de Yellowstone. Nesta época, o tempo de exposição é de 1/50 segundos.
1904 – LONDON DAILY MIRROR é o primeiro jornal a ser ilustrado exclusivamente com fotos.
1906 – É comercializado o filme pancromático, sensível à luz laranja.
1906 – Os irmãos August e Louis Lumière, apresentam os primeiros filmes para revelação a cores (autochrome), que já não precisavam de uma tripla exposição (não era necessário se bater 3 diferentes chapas da mesma fotografia) através de uma câmera especial.
1920 – Paul Martin, inglês, esconde uma câmera (graças aos avanços tecnológicos dos filmes e das Cãmeras) em uma maleta, e pela primeira vez tira fotos de pessoas sem que percebam. O resultado é uma naturalidade desconhecida, pois antes as pessoas eram formais.
1925 – Usam-se partículas de magnésio para a iluminação artificial. O resultado deste primitivo Flash é um raio de luz brilhante e uma fumaça ácida.
Surge também a famosa Leica, máquina excelente e precursora de todas as câmaras de 35mm.
1928 – Stefan Lorant, através do jornal alemão Berliner Ilustrierte Zeitung, cria o fotojornalismo moderno, sem poses formais.
Surge também a famosa Rolleiflex TLR (reflex de objetivas gêmeas), projetada por Franke e Heidecke.
1930 – Stefan Lorant, quando redator chefe do Münchener Ilustrierte Presse, cria o “enunciado”, “tratado” de que a câmera deve ser usada como um caderno de notas de um repórter, registrando os acontecimentos onde eles ocorram, sem detê-los para arrumar a foto, sem fazer as conhecidas “poses”.
1930 – Dois norte-americanos, fazem fotografias para expor problemas sociais:
a) Jacob Riis (1849-1914), jornalista, usa fotos para ilustrar histórias sobre as favelas da cidade de Nova Iorque;
b) Lewis Hine (1874-1940), sociólogo, fotografa a chegada de imigrantes, o trabalho infantil em fabricas mal iluminadas e em minas de carvão. Este trabalho levou à aprovação de leis proibindo o trabalho de menores. Veicular notícias por meio de fotografias, usualmente com a ajuda de uma explicação escrita ou oral, constitui, a partir desta época, um dos mais importantes meios de comunicação ao alcance do homem. Os assuntos que predomina nas manchetes dos periódicos são os assassinatos e os escândalos.
1930 – Henry Cartier-Bresson (1908 – ) foi fotógrafo que obteve maior sucesso. Cartier utiliza uma câmera em miniatura para captar “momentos decisivos” na vida das pessoas. Seu sucesso no registro de acontecimentos e emoções fugazes influenciou enormemente não só o fotojornalismo, como também introduziu um novo conceito na fotografia artística. A partir de 1930, na Europa e nos Estados Unidos, os críticos especializados consideram três as tendências em fotografia:
1) utilização de grandes câmeras e amplos negativos, com obtenção de cópias ricas em gradações tonais, interpretando de modo mais vivido a realidade;
2) exploração de novos aperfeiçoamentos tecnológicos para fixar o instante mais fugaz e os aspectos mais inusitados e insuspeitados da realidade;
3) invenção de formas abstratas com a existência estática própria.
“Para mim a fotografia consiste num reconhecimento imediato no curso de uma fração de segundo, tanto o sentido do acontecimento quanto da exata organização dos volumes que comporão, expressivamente, o significado da cena. Creio que seja no movimento da vida que a descoberta de si mesmo se efetua, ao passo que se dá a abertura para este mundo envolvente que pode nos modelar, mas que pode igualmente ser influenciado por nossa personalidade. Trata-se de estabelecer o equilíbrio entre estes dois mundos. É nessa constante interação que esses mundos acabam por se fundir num mundo novo. É nesse mundo que devemos comunicar” Henry Cartier-Bresson
1930 – Aparecem os primeiros flashes fotográficos. Nesta época, as câmeras alcançavam a velocidade de 1/100 seg.
1935 – A Kodak lança o primeiro cromo colorido – Kodachrome.
1936 – A Agfa lança o Agfacolor – um distinto sistema de cores para um cromo colorido.
1941 – A Kodak lança o primeiro negativo colorido – Kodacolor.
1939 a 1945 – A Segunda Guerra Mundial, muitos são os avanços na área da fotografia, desde o desenho de novas lentes até o intercâmbio de lentes.
1947 – Surge a câmera de fotos instantânea, A Polaroid, baseada em um processo desenvolvido pelo físico americano Edwin H. Land.
1949 – Surge o Polaroid em preto e branco.
1963 – Surgem o Polaroid em cores e a “Instamatic” de cartucho 126.
Desde o início deste século, a história passou a caracterizar-se mais pelo refinamento e aperfeiçoamento do que por inovações e invençoes. Prova disso é que, apesar do advento de modernas tecnologias que levam máquinas a velocidades extraordinárias de disparo, há máquinas que jamais se tornam obsoletas, fixando imagens com rara precisão.
2000 – As máquinas digitais também começam a ocupar espaço, em especial no fotojornalismo, onde a rapidez de circulação e edição de imagens justificam a pequena perda na qualidade de impressão. Contudo, nada, absolutamente nada substitui o olhar artístico e atento do fotógrafo.
2005 – as máquinas digitais ganham força em todo o mundo, resoluções e pixels avançados fazem da foto digital o diferencial para fotoreportagens . As máquina digitais amadoras viraram “febre” entre os adolescentes e os apaixonados por fotografia.Em todo lugar que se aglomeram pessoas, registra-se a preseñça de inúmeras câmeras digtais de diversas resoluções, megas e modelos… registrando tudo o que acontece ao redor,produzindo fotos descontraídas e irreverentes muitas com o ituito apenas de serem descarrregadas em um micro para a divulgação na internet e divertimento.
O digital também chega a fotografia social , inúmeros eventos são hoje fotografados com câmeras digitais com alta tecnologia, produzindo belíssimos álbuns e books de festas de 15 anos, casamentos e outros, com muito realismo, retratando realmente os fatos acontecidos no evento.
“As coisas das quais nos ocupamos, na fotografia, estão em constante deseparecimento, e, uma vez desparecidas, não dispomos de qualquer recurso capaz de fazê-las retornar. Não podemos revelar e copiar uma lembrança.” Henri Cartier-Bresson
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